27 Abril 2024, Sábado
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Trabalhadores da Lauak em concentração para exigir melhores condições de saúde e segurança

Sindicato explica que negociações ficam “aquém” das exigências feitas há meses

 

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A falta de condições de trabalho em matéria de Saúde e Segurança no Trabalho levaram a que dezenas de trabalhadores da Lauak, empresa do sector aeronáutico que na região conta com duas fábricas, em Setúbal e Grândola, se concentrassem na manhã de ontem no jardim do Quebedo para mostrar descontentamento face às queixas, que já se arrastam há meses.

“Este conjunto de trabalhadores está aqui porque em plenário aprovámos um caderno reivindicativo com questões a nível salarial e a nível de higiene e segurança no trabalho. Ambos foram entregues à administração e esta disponibilizou-se para, pelo menos, discutir as questões salariais e apesar de ter ficado muito aquém, o que é certo é que para as questões a nível da higiene e segurança no trabalho nem sequer agendou reuniões, e ignorou qualquer discussão sobre essas matérias. Os trabalhadores estão aqui para assinalar essas questões e vamos levá-las ao Autoridade das Condições do Trabalho (ACT) porque implicam a saúde dos trabalhadores”, palavras de Pedro Soares, da comissão sindical da empresa, a O SETUBALENSE.

O sindicalista afirma que os trabalhadores não estão dispostos a negociar as condições de segurança durante o horário laboral, que dizem ser poucas, e admite que a empresa “tem um índice elevado de alguns acidentes de trabalho, alguns graves e com produtos químicos, acidentes que levam as pessoas a ficaram de baixa – algumas delas prolongadas”.

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Ao nível dos aumentos salariais, e do subsídio de alimentação, também não parece haver entendimento entre o sindicato e a empresa, como explica Pedro Soares.

“Ficámos muito aquém nesse âmbito [salários], posso dizer que a perda de poder de compra na empresa – agora com os estágios de inflação elevadíssimas – desde o ano passado a empresa ficou muito aquém ao longo de praticamente toda a tabela. Está aquém a nível, por exemplo, do subsídio de refeição, porque tem o compromisso de fazer o aumento para o máximo isento de imposto que é os 9,60 euros e a empresa fez uma actualização de 50 cêntimos, que é ridículo, tendo em conta os custos a nível alimentar que as pessoas estão sujeitas”.

Numa concentração que seguiu depois para as instalações do ACT, também houve representação da União de Sindicatos de Setúbal (CGTP-IN), na pessoa de Luís Leitão, que mostrou estar ao lado dos trabalhadores que saíram à rua para falar em “questões que se prendem com o aumento de salário numa empresa que tem milhões, na qual a revindicação são os 15% – que são 150 euros no mínimo”.

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“Os trabalhadores decidiram hoje em plenário virem dizer a Setúbal o que é que está a se passar, a questão das poeiras, a questão das pinturas, todas as questões de segurança e saúde que estão na Lauak e que estão em causa também, para além do aumento do salário”.

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