9 Maio 2024, Quinta-feira

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Moradores juntos em associação para fazer barulho contra ruído da vida nocturna da cidade

Moradores juntos em associação para fazer barulho contra ruído da vida nocturna da cidade

Moradores juntos em associação para fazer barulho contra ruído da vida nocturna da cidade

Cerca de 50 munícipes já se juntaram à causa que foi levada à última reunião pública do executivo

 

O barulho que se faz ouvir da ‘noite setubalense’ é já inaceitável para alguns dos habitantes de algumas das zonas da cidade que se juntaram para dar nome à “Associação de Direito ao Descanso – Setúbal”. Queixam-se da falta de ajuda por parte da autarquia, do não cumprimento dos horários estipulados para o ruído em espaço público e do crescente licenciamento dos espaços nocturnos, que tem aumentado a revolta dia após dia.

A Avenida Todi, a Rua Guilherme Gomes Fernandes e Avenida José Mourinho, a Rua de São Filipe e a Rua 5 de Outubro são apenas algumas das ruas identificadas no comunicado “Pelo Direito ao Descanso em Setúbal”, enviado à redacção de O SETUBALENSE, mas garantem que há mais localidades onde o barulho se faz ouvir.

O movimento de cidadãos conta já com a participação de 47 pessoas onde se incluem “moradores inquilinos” e seis proprietários de alojamentos locais ou arrendatários.

“Tornou-se incomportável descansar ao fim-de-semana, para muitos de nós, são noites seguidas sem dormir ao som dos bares e das discotecas e das multidões embriagadas, no meio da lixeira e confusão altamente alcoolizada”, queixas explanadas no manifesto.

“É hora de dizer basta. É hora fazer cessar este ataque à qualidade de vida e à saúde de muitos e muitos cidadãos desta cidade. É hora de nos respeitarem. É hora de fazer Setúbal mudar para melhor”.

Questão foi levada a reunião do executivo

Ana Fidanza usou da palavra na última reunião pública do executivo sadino – que decorreu a 8 de Novembro – para expor uma situação que diz não ser pontual e já se registar há vários anos.

Durante a sua alocução, no período de intervenção do público, a cidadã explanou o problema e pediu esclarecimentos sobre a responsabilidade da câmara municipal sobre esta matéria.

Admitiu que “depois do covid a situação tem vindo a desmoronar”, e que, das “20 participações” que os moradores já dirigiram à autarquia, apenas “duas tiveram resposta”. “É uma questão sistémica de um regulamento que não existe na câmara de Setúbal e que é necessário para que as coisas cessem”, afirmação que André Martins, presidente do executivo, desmentiu.

Em resposta o autarca mostrou-se solidário. “Eu não posso estar mais de acordo com aqueles que, estando na sua residência, são afectados por situações que perturbam o seu direito”.

“Nunca me foi proposta nenhuma reunião enquanto presidente de câmara mas sei que este assunto tem sido colocado aos serviços que têm competência para actuar, e aliás, os serviços estão a actuar. Também a situação, como também disse, não depende apenas da actuação da câmara municipal, depende de outros serviços, designadamente, das forças
de segurança”.

Assumiu, no entanto, a responsabilidade pela acção da autarquia referindo que há disponibilidade para marcar uma reunião no sentido de apurar melhor as questões e passar para a actuação. “A câmara municipal tem de desenvolver, e creio que está a desenvolver, procedimentos para corresponder às expectativas que os moradores destas zonas têm. É essa a nossa responsabilidade e nós vamos assumi-la”.

“São problemas que muitas cidades no nosso País têm, que existem e que afectam as pessoas. Cabe à administração encontrar as formas de dar resposta a estes problemas, e eu estou convencido que, na sequência desta reunião, a senhora vereadora que tem a Fiscalização e a senhora vice-presidente que tem a área da avaliação do ruído, no final da reunião poderão encontrar forma de marcar uma reunião e de avaliar, e melhor explicarem, a complexidade destes problemas”, adiantou o autarca.

Em declarações a O SETUBALENSE Ana Fidanza disse que depois da intervenção na sessão de câmara foi agendada uma reunião, com a vice-presidente Carla Guerreiro e a vereadora Rita Carvalho, para a próxima sexta-feira, 17 de Novembro.

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