28 Abril 2024, Domingo
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Câmara de Setúbal aposta na valorização da diversidade do pescado com novo projecto

Programa prevê acções de sensibilização junto do público e dos restaurantes, para a criação de novos menus de peixe

 

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O projecto “O que vem à rede” representa a nova aposta da Câmara Municipal de Setúbal na “valorização da diversidade do pescado”, ao apelar “ao consumo de espécies comercialmente menos valorizadas”, ao mesmo tempo que “pretende reforçar a sustentabilidade do oceano”.

O programa, iniciado na terça-feira, tem como objectivo, “na dimensão ambiental, garantir uma pesca sustentável, enquanto na área económica visa conseguir a valorização comercial do pescado, na social contribuir para a actividade da comunidade piscatória e na alimentar assegurar uma valorização nutricional”, explica a autarquia em comunicado.

No âmbito do projecto “O que vem à rede”, que não tem data de fim definida, vão ser realizadas “acções de sensibilização junto da restauração, com o objectivo de serem criadas novas sugestões de menus de peixe com base em espécies indicadas como “sustentáveis”, e do público em geral, apelando a escolhas responsáveis”.

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Desenvolvido em parceria com a Docapesca, a Associação de Pesca Artesanal, a Escola de Hotelaria e Turismo e a Associação Natureza Portugal/ World Wildlife Fund (ANP/WWF), o projecto apresentado no auditório do Mercado do Livramento “defende a valorização dos circuitos de pescado de proximidade, a pesca responsável e a aquicultura sustentável”.

Além disso, preza pela “valorização gastronómica de uma maior diversidade de espécies, para reduzir a pressão nas mais consumidas, bem como pela inovação alimentar, com a utilização de espécies piscícolas pouco consideradas comercialmente”.

Com a iniciativa, desenvolvida no âmbito da marca “Setúbal Terra de Peixe”, “a autarquia pretende dinamizar os mercados municipais e promover a venda e a utilização gastronómica de pescado que tem um valor comercial mais baixo, mas que existe em maior quantidade”.

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Entre as espécies “a considerar nas escolhas de restaurantes e consumidores” está a “cabra vermelha, salongo, ameijola, fataça, corvineta real, charroco, boga do mar, areeiro, congro, carapau negrão, moreia, salema, sargo alcorraz, sargueta, polvo cabeçudo, verdinho, choupa, faneca e sarda”.

Na apresentação do programa, Ricardo Oliveira, adjunto do presidente da Câmara de Setúbal, explicou que “o pescado objecto deste projecto já esteve nas mesas da grande maioria da população”, mas actualmente “é pouco valorizado”.

Já Sérgio Faias, presidente da Docapesca, classificou como “positivo o facto de se estar a falar de um projecto em prol da comunidade piscatória”.

Enquanto isso, a directora da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, Helena Lucas, relembrou que “o peixe faz parte da tradição gastronómica e da cultura setubalense”, garantindo que o estabelecimento de ensino “faz questão de que os alunos sejam embaixadores da gastronomia da região”.

Também presente esteve Rita Sá, da organização não-governamental do ambiente ANP/WWF, que “terminou a sessão com uma palestra sobre o tema “A diversidade do pescado e o consumo alimentar”, na qual apelou aos pescadores que realizem uma pesca responsável e aos consumidores que façam escolhas igualmente responsáveis”.

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