7 Maio 2024, Terça-feira
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Alsa Todi alcança estabilidade após começo turbulento

Utentes da operadora garantem que serviço evoluiu muito, mas ainda existe espaço para se melhorar

 

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O ditado diz que depois da tempestade vem a bonança, e se há situação que se encaixa neste provérbio é a da Carris Metropolitana. Os utilizadores da marca transportadora que unifica a Área Metropolitana de Lisboa (AML) revelam que o serviço evoluiu bastante, existindo espaço para melhorias, mas que comparativamente com o início “caótico” agora “tudo funciona bem”.

No passado dia 1 de Junho, a operadora Alsa Todi celebrou um ano em actividade na área 4, que engloba os concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal. Para perceber melhor o ponto de situação da transportadora, O SETUBALENSE ouviu utentes que circulam no concelho de Setúbal. Marta Azedo, habitual utilizadora, confessou que o início da operadora foi muito complicado, estando agora melhor, mas ainda com evoluções a fazer. “Ao princípio realmente foi muito complicado e houve muitas queixas, cheguei a estar mais de uma hora e meia na paragem à espera do autocarro. As coisas realmente melhoraram, mas ainda há certos pontos da cidade que podiam estar melhor”, confessou.

Apesar de satisfeita com o actual serviço, esta utente preferia os TST [Transportes Sul do Tejo]. “Naquilo que são as minhas necessidades, o serviço antes era muito melhor, em termos de horários eram mais cumpridores. Os horários que estão afixados nas paragens dos autocarros muitas vezes não coincide com aquilo que fazem. Devia haver uma melhor fiscalização”, considerou, afirmando que a transportadora devia “falar com a população para conhecer melhor quais é que são as necessidades”. Em declarações a O SETUBALENSE, Leandro Conceição considerou que o serviço da transportadora “melhorou mesmo muito”, mas que após um início “caótico” era “difícil ficar pior”. “Quando o serviço parecia estar a assentar começaram a meter motoristas novos e parece que voltou tudo a andar para trás, mas agora estão muito melhor. Percebo que eles [Carris Metropolitana] o tenham feito para melhorar, mas acho que deviam ter deixado as coisas acalmarem mais um bocadinho”, confessou. Fernando Marques, um jovem estudante de Setúbal, vê uma evolução considerável, após um começo que parecia “um fim do mundo”. “Já não há metade dos atrasos que havia, quando a Carris Metropolitana começou isto parecia um fim do mundo. Agora não tenho razões de queixa, tudo funciona bem, embora haja os atrasos de vez em quando, mas isso é normal em todos os meios de transporte, não é só aqui”, afirmou.

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Além dos habituais utilizadores desta operadora, que moram no concelho, os turistas que se deslocam a Setúbal também procuram esta via para se deslocarem. É esse o caso de Erik e Katrien, um casal oriundo dos Países Baixos, que revelam não ter o que apontar ao serviço da transportadora, fruto da recolha prévia de informação sobre como funciona. “Até agora não nos podemos queixar, fomos ao site e informámo-nos quais é que eram os autocarros que precisávamos de andar. A única coisa que tivemos mais dificuldade foi o acesso às praias, mas, entretanto, já arranjámos solução”, revelaram.

 

Operadora considera que o saldo é “francamente positivo”

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A operadora Alsa Todi, responsável pela área 4, onde se inclui o concelho de Setúbal, faz um balanço positivo deste primeiro ano em actividade. Em declarações ao jornal O SETUBALENSE, a operadora considera que, apesar das “dificuldades iniciais”, a situação está melhor, fruto do esforço dos trabalhadores, e não só.

“Depois de ultrapassadas as dificuldades iniciais, e tendo em conta que fomos os primeiros a iniciar a operação na margem sul do Tejo, consideramos que o saldo é francamente positivo e isso deve-se ao empenho de todos os profissionais da empresa, utentes, TML e autarcas”, refere. Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Acção Climática, afirmou na passada quarta-feira, 31 de Maio, em entrevista exclusiva a O SETUBALENSE, que a transportadora está quase a atingir aquilo que estava definido nos contratos, o que considerou ser “muito bom sinal”. Em relação às palavras do ministro, a Alsa Todi esclareceu que “só pode falar pela sua operação”, enaltecendo que a mesma “é reconhecida que está a respeitar na integra o que foi contratado”. Relativamente às principais queixas dos utentes, a operadora explica que as reclamações que existem se devem a “atrasos pontuais”.

“As poucas reclamações existentes estão relacionadas com atrasos pontuais, mas que os próprios utentes reconhecem que não é da responsabilidade directa da Alsa Todi, mas sim dos congestionamentos normais do trânsito do dia-a-dia”, enalteceram. Quanto ao futuro e àquilo que se pode melhorar no serviço, a Alsa Todi esclarece que a evolução dos transportes resulta de um diálogo entre várias entidades. “As melhorias são introduzidas permanentemente num diálogo que envolve a Carris Metropolitana, utentes, autarcas e profissionais desta empresa”, explica.

 

Começo promissor acabou problemático

Foi no dia 1 de Junho de 2022 que arrancou um novo serviço de transportes rodoviários na área 4, que engloba os concelhos de Setúbal, Alcochete, Moita, Montijo e Palmela, com o objectivo de dar resposta ao crescimento da população na Península sadina. Apesar da vontade de revolucionar os transportes, a operação da Alsa Todi, teve um começo complicado, gerando muitas críticas.

Desde autocarros que não apareciam nas paragens, a atrasos excessivos e carreiras que eram suprimidas. Foram muitos os constrangimentos no início desta operação, que levaram a autarquia sadina a reunir-se, após três meses de actividade da Carris Metropolitana, com a população nas várias freguesias do concelho. Estes encontros foram o mote para uma manifestação organizada pela edilidade, que decorreu a 1 de Outubro, onde marcaram presença centenas de pessoas.

Este início muito complicado obrigou a que o primeiro secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto, o presidente da TML, Faustino Gomes, e o administrador da TML, Rui Lopo, fossem chamados a comparecer em alguns dos municípios abrangidos por este serviço. As grandes dificuldades em responder ao pedido da população, obrigaram a empresa a contratar profissionais no estrangeiro, nomeadamente em Cabo Verde. Para Portugal deslocaram-se 74 trabalhadores, com o intuito de garantir estabilidade e cumprimento a este serviço, que parece finalmente estar a ‘encarrilar’.

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