27 Abril 2024, Sábado
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União dos Sindicatos de Setúbal acusa Governo de ser submisso às medidas da União Europeia

Coordenador Luís Leitão diz que PS “só não fez melhor no que diz respeito às reivindicações porque não quis”

 

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Com o aproximar do Dia do Trabalhador, assinalado no próximo domingo, o coordenador da União dos Sindicatos de Setúbal relembra que “a luta pelas condições de trabalho continua em cima da mesa” e acusa o Governo PS de “ser submisso às medidas da União Europeia”.

“Se as coisas fossem mudar para melhor, não teriam havido eleições. O Governo PS só não fez melhor no que diz respeito às questões do trabalho, dos trabalhadores, às nossas reivindicações e aos serviços públicos porque não quis. Tinha todas as condições na Assembleia da República para o fazer”, garantiu Luís Leitão a O SETUBALENSE.

Além disso, prevê que, “com aquilo que está em cima da mesa, a opção do Governo seja uma opção de classe”. “Neste caso estamos a falar de um grande capital e grandes empresas e de submissão às medidas da União Europeia”.

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Sobre o programa planeado para o próximo domingo, no âmbito do 1.º de Maio, destaca “a manifestação, às 15 horas, da Praça do Brasil para o Coreto da Avenida Luísa Todi, onde estarão as reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente o aumento de salários e a necessidade do aumento do salário mínimo nacional”.

“Serão as reivindicações da luta que os trabalhadores terão de travar para fazer face agora a este crescente aumento do custo de vida. Está prevista uma intervenção da minha parte enquanto coordenador da União dos Sindicatos de Setúbal e uma resolução apontando para aquilo que se seguirá depois do 1.º de Maio”, explicou.

Para Luís Leitão, “faz sempre todo o sentido as comemorações do 1.º de Maio”, uma vez que “os horários de trabalho continuam em cima da mesa”. “O 1.º de Maio tem origem na luta pelo horário de trabalho, no denominado ‘Três Oitos’: 8 horas para trabalhar, 8 horas para descansar e 8 horas para fazer o que eu quiser. Era esta a reivindicação dos trabalhadores em 1886 e que deu origem efectivamente ao 1.º de Maio”.

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No imediato, considera que “é urgente o aumento geral de salários no valor de cerca de 90 euros e o aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros”. “São estas as pedras toque para depois se concretizarem as outras reivindicações, que não são menos importantes, mas estas têm de estar efectivamente à cabeça”, revelou.

Quatro anos e meio “tempo suficiente para valorizar trabalho”

Já Manuel Fernandes, presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT) de Setúbal, considera que “o novo Governo, com maioria absoluta, ao deixar de ter necessidade de negociação no Parlamento, valorizará o diálogo em sede de concertação social”.

“Vamos ter um governo durante 4 anos e meio que terá condições para aplicar aquilo que forem os acordos da concertação social. Poderemos definir esse tempo como mais do que suficiente para aplicar estratégias que valorizem o trabalho e combatam a precariedade”, afirma.

O 1.º de Maio é, para Manuel Fernandes, “uma data importante para homenagear o trabalhador, que se reveste este ano de especial importância devido aos tempos singulares que actualmente se atravessam”.

O dia será assinalado pela UGT através da realização de duas conferências, dedicadas aos “Desafios do mundo do trabalho, as mudanças de paradigma” e a inclusão dos jovens no sindicalismo.

“Este ano, apesar da agenda preenchida, não quisemos deixar de assinalar o 1.º de Maio”, confessou, a concluir.

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