20 Abril 2024, Sábado
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UGT diz ser “inaceitável” Governo não ouvir enfermeiros do Centro Hospitalar de Setúbal

Central sindical afirma que resposta à carência de profissionais de saúde passa por diálogo com sindicatos

 

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A União Geral de Trabalhadores (UGT) de Setúbal considera “inaceitável” o Governo não ouvir os enfermeiros, já que “após a ameaça de conflito” no Centro Hospitalar de Setúbal, com o pedido de demissão de 87 profissionais com cargos de direcção do CHS, “algum caminho está a ser feito com os médicos”.

Em comunicado, a central sindical diz que, de forma geral, “o diálogo com os enfermeiros parece inexistente”, considerando “inaceitável que, após ano e meio de pandemia, o Governo não se tenha sentado à mesa com o sindicato dos enfermeiros”.

Para a UGT, a resposta ao problema de falta de profissionais de saúde na unidade hospitalar passa pelo “diálogo com os sindicatos do sector”, que “deverão ser os principais interlocutores para toda e qualquer negociação do foro laboral”.

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A situação de ruptura ‘rebentou’ no fim do passado mês com a renúncia ao cargo do director clínico Nuno Fachada, que “chamou à atenção para as fragilidades das respostas de saúde pública no Centro Hospitalar de Setúbal”, recorda a UGT.

Um dos motivos elencados pelo director demissionário, além da falta de condições em diversos serviços, foi a escassez de profissionais de saúde e os “sinais de esgotamento” apresentados pelo corpo clínico, pelo que o Ministério da Saúde autorizou a 7 de Outubro a contratação de médicos para o Hospital de São Bernardo.

Apesar de “o recrutamento de dez novos clínicos” para a unidade hospitalar ser “positiva e um bom início”, considera a UGT que é “manifestamente escassa” e que “não pode ser a solução final”.

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Em seguida, alertou para o facto de “as respostas nas diversas áreas da saúde” estarem a ser cumpridas “por conta do trabalho extraordinário” e que “o burnout e o risco potencial do erro humano poderão ocorrer a qualquer momento”.

Já para cativar os novos profissionais, a central sindical refere que as “carreiras profissionais terão de ser apelativas no SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, uma vez que “abrem-se vagas em todas as especialidades que não são preenchidas”.

“A dificuldade na contratação de profissionais de saúde é uma constante que se tem vindo a agravar há vários anos. A UGT Setúbal acredita nos profissionais de saúde e nos seus representantes e insta o Governo ao diálogo”, acrescenta a mesma nota.

Sobre a abertura do concurso público internacional para a ampliação das instalações do Hospital de São Bernardo, o secretariado da UGT de Setúbal sublinha que é “um passo certo” e que “o novo edifício de urgências poderá melhorar as condições de trabalho e trazer mais dignidade nas respostas aos utentes”.

A acompanhar “com preocupação os problemas no Hospital de São Bernardo”, a central sindical relembra que “sinais de ruptura existem em toda a Península [de Setúbal]”. Como exemplo é dado “o hospital de proximidade a construir no Seixal, reivindicação antiga da população e uma promessa há muito adiada”.

“Nesse sentido, os 28 milhões de euros inscritos no Orçamento do Estado para a construção do novo Hospital do Seixal é uma boa notícia”, sublinha a UGT.

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