26 Abril 2024, Sexta-feira
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Setúbal Voz prepara companhia de ópera com novo atelier

Companhia de ópera da cidade poderá vir a ser fundada este ano, anunciou Jorge Salgueiro num espectáculo

 

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Setúbal pode vir a ter uma companhia de ópera ainda este ano, com produções próprias, anunciou o maestro e compositor Jorge Salgueiro a O SETUBALENSE na cerimónia de apresentação do novo Atelier de Ópera de Setúbal, na Quinta dos Moinhos de São Filipe, sábado à noite.

Segundo Jorge Salgueiro, a companhia de ópera poderá vir a ser “fundada brevemente, este ano”, tendo por base a “estrutura charneira” do Atelier de Ópera de Setúbal. Trata-se de uma série de aulas de canto, representação e formação musical que já permitiu formar 35 coralistas, desde Dezembro, com vista a que integrem futuras produções.

A ideia, porém, é que “todos os coralistas passem pelo atelier mesmo que não venham a integrar a companhia”. “O objectivo é que os coralistas melhorem a sua performance musical, vocal e de representação, e também preparar solistas para poderem vir a fazer parte da companhia de ópera”, acrescentou Jorge Salgueiro.

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Todas as pessoas têm lugar, e quem não for coralista e tiver algum tipo de experiência pode contactar o coro e marcar aulas de canto à sessão, dadas pelo tenor setubalense João Mendonza e pela soprano Carina Matias Ferreira. As aulas de performance são conduzidas por Jorge Salgueiro e as aulas de preparação das árias estão a cargo de Juliana Telmo. Além desta formação contínua, poderá haver cursos intensivos.

A ideia de fundar uma companhia de ópera em Setúbal surgiu durante os ensaios e as récitas para a peça “O Purgatório”, que o coro setubalense co-produziu e apresentou com Teatro O Bando, de Palmela, e para Jorge Salgueiro faz todo o sentido tendo em conta a experiência do coro e o facto de a cidade ter como ícone a cantora lírica Luísa Todi.

Apesar de o coro não contar com muitos apoios, não lhe faltam coralistas “focados e apaixonados pelo que estão a fazer”, disse. A apresentação da novidade incluiu um jantar e recital de várias árias pela professora de canto Carina Matias Ferreira e 13 coralistas. O momento contou com a presença de Mónica Duarte, chefe da Divisão de Cultura na Câmara Municipal de Setúbal, e mais de cem pessoas na assistência.

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Manuela Palma Rodrigues, presidente da Associação Setúbal Voz, por sua vez, afirmou, no iniciar de mais um novo ciclo da vida da associação, que “é com esta relação de confiança e honestidade entre a associação e os seus associados, os coralistas, as forças vivas da nossa cidade, que continuaremos a trabalhar e manteremos a mútua confiança, que é crucial para o cumprimento dos objectivos a que nos propomos”.

Para a dirigente, este novo ateliê é um motivo de alegria por permitir o desenvolvimento da prática vocal de todos os coralistas bem como o aumento dos conhecimentos a nível do canto lírico e a partilha dos mesmos com o público. Tal será possível de acontecer “em recitais e tertúlias que vão futuramente surgir com regularidade”, revelou.

Uma escola para perpetuar Luísa Todi

“A cidade de Setúbal vê nascer pela primeira vez na sua história um projecto de ópera. Está a funcionar. Não podemos admitir que a cidade de Luísa Todi não tenha uma escola que a perpetue, pois aqui estamos nós a recordá-la e a perpetuá-la”, frisou a presidente da associação. “E estamos desta forma a engrandecer a nossa história e a história da nossa cidade. Estamos certos de que o ateliê de ópera e a companhia de ópera de Setúbal serão um orgulho para todos nós”, acrescentou.

Quanto aos planos para o futuro, Manuela Rodrigues mostra ambição. “Havemos de fundar uma Companhia de Ópera de Setúbal. Havemos de ser uma referência na prática vocal erudita na cidade de Setúbal e a nível nacional, disso estamos seguros.”, garante.

Recorde-se que este é um projecto artístico que tem como objectivo aprofundar a ligação da música com as artes contemporâneas, procurando uma identidade própria para o coro, com repertório constituído por peças dos séculos XX e XXI.

Por André Rosa e Inês Antunes Malta

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