26 Junho 2024, Quarta-feira

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Sesimbra foi onde o Chega obteve maior percentagem de votos no distrito

Sesimbra foi onde o Chega obteve maior percentagem de votos no distrito

Sesimbra foi onde o Chega obteve maior percentagem de votos no distrito

O partido de André Ventura venceu na freguesia da Quinta do Conde. No concelho conseguiu quase mais cinco mil votos do que em 2022

O concelho de Sesimbra seguiu a subida do Chega a nível do Distrito de Setúbal, sendo o segundo partido mais votado. Apenas nos concelhos de Almada, Alcochete, Alcácer do Sal e Santiago do Cacém foi o terceiro; ou seja, quatro concelhos em treze do distrito.

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Em todos eles o PS venceu, sendo a AD a coligação política a ficar como terceira mais votada, excepto em Santiago do Cacém, Almada e Alcochete, em que foi a segunda. Quanto à coligação PCP/Verdes/ID, que dos dois deputados conseguidos nas legislativas de 2022 vai agora sentar na Assembleia da República apenas Paula Santos; só no concelho de Alcácer do Sal ficou em segundo lugar, nos restantes concelhos ficou sempre mais abaixo.
Com 25,03% e 7 905 votos, o Chega em Sesimbra conseguiu o melhor resultado no distrito; deu um salto de mais 4 753 votos, perante os 3 152 votos (12,02%) dos eleitores que há dois anos confiaram em André Ventura.

Exceptuando o Livre, de Rui Tavares, e o BE de Mariana Mortágua, o PS e a CDU perderam votos no concelho, e no distrito.

Os eleitores de Sesimbra deram a vitória aos socialistas no município, 28,18%, portanto bem menos do que os 43,49% de 2022, o BE desceu ligeiramente dos 5,70% para os 5,62%, e a CDU caiu significativamente dos 8,14% para os 5,96% de votos.

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Numa análise por freguesias, verifica-se que no Castelo, onde venceu o PS com 29,39%, o Chega foi o segundo mais votado com 19,91%, a coligação AD (19,30%) ficou em terceiro lugar, a Iniciativa Liberal (6,38%) posicionou-se no quarto lugar e a CDU foi a quinta força com 6,29%, comparativamente com 2022, perdeu uma posição tendo na altura ficado em quarto, perante os 8,34%, atrás Chega, PSD e PS.

Na freguesia de Santiago, onde o PS venceu com 34,27%, embora tenha perdido cerca de 10% em relação às anteriores legislativas, a AD obteve 18,94%, mais 1% do que em 2022 quando concorreu apenas como PSD. O Chega subiu dos 8,57% para os 17,25%, enquanto a CDU registou uma queda dos 10,82% para 8,71%.

Surpresa maior foi o resultado do Chega na freguesia da Quinta do Conde, a localidade mais populosa do concelho de Sesimbra. O partido de André Ventura conseguiu 30,06%, através dos 4 985 votos, duplicou a votação em relação a 2022, quando obteve 15,07 % da preferência dos eleitores, e foi agora o mais votado.

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Na Quinta do Conde, nas anteriores legislativas o PS obteve 43,05% dos votos, e caiu a 10 de Março para os 26,33%, tendo ficado em segundo lugar. Nesta freguesia a AD continua praticamente com a mesma percentagem do PSD em 2022, na ordem dos 15%, enquanto da CDU desceu dos 7,56% para os 5,28%. A subir ficou a esquerda de Rui Tavares com o Livre a galgar dos 1,29% para os 3,99%.

No concelho de Sesimbra estavam inscritos 46 141 eleitores, tendo votado 31 585, o que resultou numa corrida às urnas de 68,45%.

A nível global do Distrito de Setúbal, os socialistas venceram com 31,27% dos votos e elegeram sete deputados, menos três que nas legislativas de 2022. Em segundo lugar ficou o Chega com 20,31% e quatro deputados, mais três do que há dois anos. A força política mais votada foi a AD (PSD, CDS e PPM), com 17,17%; em 2022 os partidos da coligação concorreram separados, com o PSD a receber 16,15% dos votos, o CDS 1,12% e o PPM não concorreu no distrito.

Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, sobre as eleições de 10 de Março, expressou na sua rede social Facebook satisfação pela diminuição da abstenção. “No exercício das minhas funções, sempre apelei ao exercício deste direito, não será porque o resultado não nos foi favorável que deixarei de valorizar o uso do voto como a nossa principal arma em democracia e liberdade”.

Na mesma publicação, o autarca da CDU apontou que pela correlação de forças que resultou destas legislativas num ano que se assinala os 50 anos de Abril, os “valores associados à nossa jovem democracia estão em risco”.

Considera que este risco advém do “aparecimento de uma narrativa populista e imediata, que se traduzindo em muitas das vezes naquilo que ‘muitos gostam de ouvir e também de afirmar, encerram em si uma dimensão muito além dessa narrativa, e que colocam em causa os pilares da nossa República”.

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