27 Junho 2024, Quinta-feira

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Oficina de Teatro oferece à comunidade projectos de arte menos acessíveis

Oficina de Teatro oferece à comunidade projectos de arte menos acessíveis

Oficina de Teatro oferece à comunidade projectos de arte menos acessíveis

Um dos objectivos do grupo é a criação de um espaço próprio com programação regular

 

A decorrer todas as manhãs de sábado na sede da Junta de Freguesia da Quinta do Conde, a Oficina de Teatro é dinamizada por três jovens actores, membros da Associação Sui Generis.

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“O nosso objectivo, com a oficina, é que a comunidade possa experienciar uma arte que não lhes é tão acessível ou que até desconhecem. Consideramos que só sabemos se nos identificamos com algo se experimentarmos e não há maior riqueza do que a partilha de conhecimentos. Isso acontece muito nestes sábados. A Oficina de Teatro é, por si, um mecanismo de criação de públicos”, começa por dizer Lara Matos, actriz, criadora e responsável pela produção e gestão da companhia de teatro Sui Generis, a O SETUBALENSE. “Com a vontade de que toda a comunidade tenha acesso à nossa arte, escolhemos a Quinta do Conde por sentirmos que havia uma lacuna nesta freguesia, que tem uma grande densidade populacional”, continua.

O teatro como forma de aproximar a comunidade

A Companhia de Teatro Sui Generis, criada em 2018, estreou recentemente a peça “Corpo Biografia”, no Castelo de Sesimbra, que irá em breve rumar a outras salas de espectáculos. Tem estado em circulação com o espectáculo “A Capuchinho Vermelho na Floresta das Mil Janelas”, para a infância, e com a reposição da peça “The Butcher Show”, que estreou em Novembro de 2019 para o público em geral e se encontra actualmente inserido no serviço educativo do concelho de Sesimbra. Fruto de uma proposta do Museu Marítimo de Sesimbra, serão apresentadas novas criações da companhia ao longo de 2021.

Das criações teatrais aos espectáculos para a infância, inseridos no serviço educativo do concelho de Sesimbra e às visitas guiadas onde o património concelhio é o ponto de partida, a associação que encontrou na vila quintacondense a sua casa tem actuado em várias salas do país e até em festivais internacionais.

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“A nossa pergunta sempre foi, e continua a ser: de que forma conseguimos chegar a estas pessoas? De que forma conseguimos levar o teatro até elas, construindo aos poucos uma aproximação e uma identificação?”, partilha, esclarecendo que por esta razão, logo em 2018, surgiu a necessidade “de pensar num momento aberto à comunidade para que a cultura faça parte das suas vidas” e por isso nasceu a Oficina de Teatro. As turmas já tiveram uma faixa etária vasta mas face à situação actual foram criados dois grupos, o primeiro dos 16 aos 100 anos, “até haver vontade”, e o segundo entre os 6 e os 15 anos. “Como companhia de teatro, interessa-nos trabalhar com várias linguagens e inserir nos nossos espetáculos elementos transversais a várias ‘disciplinas’, como a voz, o corpo, o vídeo e o teatro físico”, diz.

Sedeada inicialmente no Centro de Inovação e Participação Associativa da Quinta do Conde, que encerrou no mês de Setembro, a associação viu-se então sem local para continuar a desempenhar as suas actividades. A solução viria com um convite por parte do presidente da freguesia, Vítor Antunes. “Também como apoio nesta fase mais delicada, disponibilizou-nos um espaço na Junta de Freguesia para a concretização da Oficina de Teatro, que muito agradecemos”, conta.

“Um espaço independente que trará uma vida cultural para já inexistente”

Com a criação de espectáculos, workshops e oficinas, o objectivo primordial da associação é trazer cultura à Quinta do Conde. No que diz respeito ao futuro, Lara afirma que pretendem “continuar a trabalhar nas criações, fazer crescer a Oficina de Teatro, que tem tido em especial este ano uma adesão incrível, e criar um espaço cultural independente que trará à Quinta do Conde uma vida cultural para já inexistente”. A associação considera que o feedback recebido até ao momento tem sido “muito positivo” e acrescenta que se encontra neste momento a trabalhar num processo de aproximação ao público e à comunidade. “Acreditamos que a criação de um espaço a cargo da nossa associação, com programação regular e que permita à comunidade uma oferta cultural que sentimos que está em falta, será o veículo para a aproximação com a comunidade que tanto desejamos”, remata.

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