Ministra do Ambiente garante que desassoreamento definitivo da Lagoa de Albufeira avança em Março (actualizada)

Ministra do Ambiente garante que desassoreamento definitivo da Lagoa de Albufeira avança em Março (actualizada)

Ministra do Ambiente garante que desassoreamento definitivo da Lagoa de Albufeira avança em Março (actualizada)

Projecto para a obra tem de estar concluído até 30 de Agosto para ser submetido ao Programa Operacional Sustentável 2030

A abertura da Lagoa de Albufeira ao mar, para renovação das águas balneares desta zona de praia em Sesimbra, vai ter uma “solução definitiva” a partir de 2025. O projecto para esta obra tem de estar concluído até 30 de Agosto para ser submetido a financiamento através do Programa Operacional Sustentável 2030, numa verba na ordem dos dois milhões de euros.

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Para a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, é “urgente” que o canal entre a lagoa e o oceano seja alargado de forma “perene” e, na passada sexta-feira, anunciou que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) já está a desenhar o novo projecto.

A ministra esteve na Lagoa de Albufeira no dia em que terminou a mais recente operação de reabertura desta frente de água ao mar, o que este ano aconteceu já pela terceira vez, e ouviu o presidente da Câmara de Sesimbra, Francisco Jesus, afirmar que esta intervenção, agora executada pela APA, tem sido cada vez mais “difícil e frequente” devido à maior acumulação de areias que fecham o canal.

Para o autarca o recurso a retroescavadoras não é suficiente, e chegou a avançar que esta operação deverá ser feita através de dragagem que vá até à profundidade de cerca de cinco metros, em vez dos dois conseguidos com as retroescavadoras. Uma solução que o vice-presidente da APA, Pimenta Machado, que acompanhou a visita da ministra, disse não ter concordância ambiental.

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O certo é que, há anos que tanto a autarquia como os cerca de 600 moradores da Lagoa de Albufeira têm exigido aos vários governos que intervenham para acabar com o frequente assoreamento do canal entre a lagoa e o mar, queixando-se dos maus odores consequentes das águas paradas, situação que se tem agravado desde 2016.

Só em 2024 foi feita uma reabertura a 25 de Junho, mais tarde do que o habitual, uma outra teve de ser executada a 11 de Julho, e uma terceira a 19 de Agosto, que terminou na passada sexta-feira.

“Finalmente”, autarquia e moradores ouviram “uma boa notícia para a sustentabilidade da Lagoa da Albufeira”, comentou Francisco Jesus depois de ouvir da ministra Maria da Graça Carvalho que a APA, em cooperação com a Câmara de Sesimbra, está a trabalhar para responder ao concurso vigente até 30 de Agosto.

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“Já existe um projecto da APA, que tem Estudo de Impacto Ambiental, vamos ver se no concurso público corre tudo bem, processo que não conseguimos controlar, se assim for, em 14 semanas teremos obra que não vai interferir com abertura da próxima época balnear”, disse a ministra. A isto acrescentou existir Financiamento Europeu “disponível”, pelo que “não haverá atraso”.

Se tudo correr dentro do calendário previsto, em Março de 2025 o novo projecto deverá estar no terreno para uma “obra que vai demorar 12 semanas. Esperamos que na Primavera do próximo ano o projecto esteja completo, depois haverá três anos de monotorização”, explicou a tutelar do Ministério do Ambiente e Energia.

Terminada a terceira intervenção, deste ano, para reabertura da lagoa ao mar, Francisco Jesus solicitou a Maria da Graça Carvalho que as retroescavadoras permaneçam no terreno até às marés de Setembro para actuarem caso o canal volte a fechar, e teve a concordância da ministra. “É importante haver uma resposta imediata. As máquinas vão permanecer, pelo menos, mais uma semana”, afirmou a governante.

APA garante que as águas da lagoa têm qualidade balnear

Com os moradores e autarquia a queixarem-se dos maus odores vindos das águas da Lagoa de Albufeira, o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado, garantiu, na sexta-feira, que as águas “têm boa qualidade balnear”.

Prova disso, afirmou, são as “frequentes análises feitas” e que estão nas mãos da APA. “Aumentámos a frequência das análises para garantir que tanto a água da Lagoa de Albufeira como da do mar são boas, e ambas têm qualidade para serem frequentadas em uso balnear. As análises são semanais e com mais frequência para garantir que a água tem qualidade”.

Quanto às queixas relativas ao mau cheiro das águas, explicou que este “resulta de determinado troço em que as águas estão depositadas e criam aquele cheiro. Vamos trabalhar com o município para fazer a recolha das algas que causa os maus odores, mas a água tem qualidade para uso balnear”.

Relativamente ao projecto para uma solução perene da abertura da lagoa ao mar, reafirmou o que disse a ministra do Ambiente e Energia: “Temos um projecto, com a devida Declaração de Impacto Ambiental, para fazer uma intervenção mais robusta criando um canal mais largo, com uma cota mais profunda para que a relação entre a lagoa e o mar seja mais perene. Temos um processo feito que vamos remeter agora ao financiamento do Programa Operacional Sustentável 2030, o aviso termina a 30 de Agosto, e estamos a trabalhar empenhadamente para submeter a candidatura”.

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