Manifestação de assistentes operacionais fechou esta terça-feira duas escolas em Sesimbra

Manifestação de assistentes operacionais fechou esta terça-feira duas escolas em Sesimbra

Manifestação de assistentes operacionais fechou esta terça-feira duas escolas em Sesimbra

Estiveram presentes 110 trabalhadores de diversas escolas do concelho que lutam por melhores condições salariais

Pelo menos duas escolas de Sesimbra fecharam portas esta terça-feira de manhã devido a uma concentração e plenário de mais de uma centena de trabalhadores assistentes operacionais das escolas do concelho, revelou à agência Lusa fonte sindical.

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“Duas escolas da Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra, a Escola Básica Maria do Carmo Serrote e a Escola Secundária Michel Giacometti, tiveram de encerrar durante a manhã e outras ficaram com o pessoal disponível muito sobrecarregado devido à participação de muitos assistentes operacionais na manifestação convocada pelo Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE)”, disse o sindicalista Francisco Clemente Pinto.

De acordo com o representante do SINAPE, sindicato filiado na UGT, na concentração realizada na Praça do Município, em Sesimbra, “apesar da chuva, estiveram presentes 110 trabalhadores de diversas escolas do concelho que lutam por melhores condições salariais, porque as tabelas remuneratórias são miseráveis”.

“O nosso objectivo foi mostrar à autarquia que há um descontentamento muito grande relativamente à não existência da carreira. Estes profissionais não têm uma carreira e exigem a criação de uma carreira, não têm conteúdos funcionais e também exigem que se defina, de uma vez por todas, quais são as suas funções, porque são pau para toda a obra”, disse Francisco Clemente Pinto.

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Segundo o sindicalista, a manifestação só não foi mais participada porque “houve muitas pressões sobre os trabalhadores, por parte da autarquia e dos directores de escolas da vila de Sesimbra”.

“Queremos também demonstrar o descontentamento relativamente à própria carreira definida pelo Estado, porque o Estado, o Governo – de acordo com quase todos os partidos políticos -, despejou os funcionários que eram do Ministério da Educação nas autarquias, em nome da descentralização. Só que as autarquias não estavam preparadas para receber estes funcionários e, não sendo as autarquias que definem as remunerações, o que acontece é que temos profissionais que exercem há mais de 15, 20, 30 anos, mas que não passam do ordenado mínimo nacional”, acrescentou.

O sindicalista deixou ainda críticas ao actual governo PSD/CDS-PP/PPM, que acusa de ter o mesmo comportamento do anterior executivo socialista de António Costa, que, disse, “adiava a resposta os problemas, empurrando-os para a frente com a barriga”.

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“Este Governo, numa primeira fase, entrou a querer diálogo, entrou a dizer que estava disponível para o diálogo, marcou prazos para Setembro e agora está a fazer o mesmo que o Partido Socialista fazia, que é empurrar com a barriga para a frente”, disse o sindicalista, salientando que o prazo estabelecido já foi ultrapassado, mas que o actual Governo nem sequer marcou ainda uma reunião para falar dos problemas dos trabalhadores não docentes.

Segundo Francisco Clemente Pinto, o SINAPE tem vindo a desenvolver iniciativas semelhantes um pouco por todo país, designadamente em Vila Real, Lamego, Bornes de Aguiar (concelho de Vila Pouco de Aguiar), Palmela, Setúbal e em Sesimbra.

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