Com 138 filmes a concurso provenientes de 56 países, o Cineteatro Municipal João Mota recebeu a cerimónia de entrega de prémios da décima edição do Festival Finisterra Arrábida Film Art & Tourism, que entre 3 e 7 de Outubro trouxe a Sesimbra produtores e realizadores de filmes de turismo de várias partes do mundo.
Portugal teve este ano a sua maior participação de sempre com 41 filmes, arrecadando 21 dos 72 prémios. Da região da Arrábida, a “More than a village”, de Marco Dias e Miguel Sequerra, de Sesimbra, foi entregue o prémio Best Arrábida Region Movie e o segundo prémio da categoria “Beach & Sea”, enquanto a Câmara Municipal de Palmela e o realizador João Bordeira levaram para casa a distinção especial do júri com o filme “Balmalla, uma fortificação com mais de 1000 anos de história”.
Por sua vez, o ucraniano Kirill Neiezhmakov venceu o Finisterra Arrábida Grand Prize com “Life in Supercell – timelapse & hyperlapse”.
“A característica principal deste tipo de festival, além da promoção dos territórios onde estão sediados, é a criação de pontos que se tocam, de redes, de uma verdadeira rede de contactos”, começou por dizer João Narciso, presidente da Assembleia Municipal de Sesimbra, na tarde de quinta-feira, destacando também a importância que o cinema e festivais como este assumem para os municípios.
“A Arrábida Film Commission tem o seu papel preponderante durante todo o ano e há que agradecer ao Carlos Sargedas por lutar e implementar em Sesimbra um festival desta dimensão e importância, que potencia não apenas Sesimbra mas toda a zona da Arrábida e da Península de Setúbal, todo o nosso património”, continuou.
Nas suas palavras, “os filmes têm a capacidade de apaixonar as pessoas. Fica-nos aquela curiosidade para conhecer aquele local e ao ver vídeos sobre Sesimbra fica-nos a vontade de conhecer este local e sobretudo estas pessoas”.
Também Argentina Marques, vereadora da Câmara Municipal de Sesimbra com o pelouro do Turismo, marcou presença nesta cerimónia. “Chegámos à 10.ª edição graças ao sonho de um homem, Carlos Sargedas, e de uma equipa que desde o início o esteve a apoiar. Atrevo-me a dizer que foram uns visionários. Há poucos anos que Portugal começa a ver o turismo cinematográfico como um turismo de aposta. O Carlos teve esta visão há 10 anos e Sesimbra e a área da Arrábida colocou-se na frente com esta actividade para produtores e realizadores”.
Este festival é, no seu entender, “um marco, também porque nos leva a conhecer não apenas Sesimbra e as suas belíssimas paisagens como leva a conhecer Portugal e o mundo”, ao qual “Sesimbra está de portas abertas”.
“Um evento cultural que projecta a região internacionalmente”
De acordo com Carlos Sargedas, “o Finisterra é marcado pela diferença e este ano mostrámos mais ainda o que de melhor Sesimbra e a região da Arrábida tem para oferecer”. O director do festival expressou ainda o seu agradecimento a todos os que participaram nesta edição: “só todos juntos conseguimos ter força para que em todo o lado Sesimbra possa estar representada e com muito orgulho meu dois dos premiados deste ano são de Sesimbra”.
Organizado pela Arrábida Film Commission, com o apoio da Câmara Municipal de Sesimbra, o Finisterra pretende dar a “conhecer o que a região da Arrábida tem para oferecer. Mais do que um festival de cinema de arte e turismo, é um evento cultural que projecta a região internacionalmente, sendo uma montra para que realizadores e produtores pensem na região para novas produções cinematográficas”.
No mesmo ano em que se comemoram os 10 anos de Finisterra em Sesimbra, o festival foi pela primeira vez para fora do país. Presente na entrega de prémios esteve por isso o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Cachoeira, cidade onde em Abril se realizou a primeira edição do Finisterra Brasil. Luís Araújo, que considera este “um festival diferenciado”, tem já os olhos postos na próxima edição e o desejo de “transformar Sesimbra e Cachoeira cidades irmãs”.