28 Junho 2024, Sexta-feira

- PUB -
BE diz que contrato aprovado pela Câmara mascara ameaça à sobrevivência dos projectos

BE diz que contrato aprovado pela Câmara mascara ameaça à sobrevivência dos projectos

BE diz que contrato aprovado pela Câmara mascara ameaça à sobrevivência dos projectos

Bloquistas duvidam da capacidade da Woodlands em assumir as garantias de 12 M€ para construção de infra-estruturas na Mata de Sesimbra

 

Uma espécie de operação de maquilhagem. É assim que a concelhia de Sesimbra do Bloco de Esquerda (BE) classifica o contrato para a urbanização da Mata de Sesimbra (zonas norte e sul), a rubric+6ar entre a Câmara Municipal e promotores privados, aprovado que foi por unanimidade na reunião do executivo de quarta-feira passada.

- PUB -

“Tudo leva a crer que esta diligência da Câmara de Sesimbra se destinou, apenas, a assegurar a sobrevivência dos projectos da Mata de Sesimbra, ameaçados pela caducidade dos prazos legais e pelo risco de perda de direitos adquiridos”, afirma a estrutura local bloquista, em comunicado.

O contrato agora aprovado, considera a comissão política do BE, não é mais do que um “prolongamento de vida de negócios muito contestados já no momento da sua criação, em 2008, por serem processos de loteamento de áreas sujeitas a fortes condicionantes e regimes de protecção e por traduzirem uma filosofia de ocupação do território contraditória com preocupações de sustentabilidade dominantes no mundo, em tempos de luta contra as alterações climáticas”. E, reforçam os bloquistas, “se isso já era verdade em 2008, ou em 2012, ainda o é muito mais em 2022”.

Para o BE “é urgente elaborar um novo plano de pormenor, com pressupostos muito diferentes, que possa ser objecto de nova discussão pública e que se enquadre no debate da revisão do PDM de Sesimbra”. Só isso, adiantam os bloquistas, “poderá restituir legitimidade política e pressupostos de real sustentabilidade ambiental e urbanística a projectos que nasceram para aproveitar a onda de especulação imobiliária de 2007/2009”.

- PUB -

Críticas à vereação socialista

O BE vai mais longe e critica a actuação da vereação socialista no executivo. “O próprio processo, precipitado, de discussão e aprovação daqueles documentos, em reunião do executivo, distribuídos 48 horas antes, conduzido pelo presidente da Câmara e pela CDU, terá pressionado os vereadores do PS a procurarem uma disciplina de voto que ultrapassasse diferenças de apreciação entre eles próprios e assegurasse a unanimidade na votação final”, sublinha a estrutura bloquista.

“O comportamento da vereadora do PS, que não acompanharia os restantes colegas de vereação do PS nesta tomada de posição por se ter feito substituir, parece indiciar que este assunto continua a fracturar a opinião pública e os diferentes partidos”, acrescenta, para juntar de seguida: “Aliás, estas mesmas diferenças acabariam por se exprimir também na reunião da Assembleia Municipal do dia 13 do mesmo mês, ainda que não tenha havido qualquer votação sobre este assunto.”

- PUB -

O BE revela ainda que “a parte privada contratante levanta as maiores dúvidas”. “Depois da Pelicano, com uma imagem pública de pouca credibilidade, associada aos negócios do Grupo Espírito Santo, sucedeu-lhe uma empresa designada Greenwoods sem história no mercado e, agora, uma desconhecida Woodlands. Estas características levantam dúvidas quanto à capacidade para assumir os avultados compromissos implicados pela obrigação de prestação de garantias no montante de 12 milhões de euros para a construção de infra-estruturas essenciais do projecto”, apontam os bloquistas, a concluir.

O executivo municipal é composto por três elementos da CDU (força mais votada nas últimas autárquicas), três eleitos do PS e um independente (que se desvinculou do Chega).

O SETUBALENSE tentou reacções junto da gestão CDU e da vereação do PS, mas até ao fecho desta edição não obteve respostas.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -