28 Abril 2024, Domingo
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Francisco Jesus acusa Governo de ‘passar a bola’ da Saúde para as autarquias

Autarcas sesimbrenses estiveram presentes no encontro e fizeram um retracto da situação do concelho

 

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As autarquias da Península de Setúbal sentem-se cada vez mais sobrecarregadas com responsabilidades que consideram ser da competência do Governo. Em maior destaque está a Saúde que nos últimos tempos tem sido motivo para que, em conjunto com outras, a autarquia sesimbrense se queira fazer ouvir naquilo que consideram o deficiente funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, marcou presença, na passada sexta-feira, na vigília em defesa de melhores condições do serviço público de saúde, uma questão que tem afectado bastante os munícipes, quer seja ao nível dos centros de saúde ou até das deslocações até ao Hospital de São Bernardo, em frente ao qual decorreu este encontro.

“Não basta as paredes que fazemos, que construímos, sempre substituindo-nos aquilo que são responsabilidades do Governo, e muitas das vezes prejudicando o exercício das nossas próprias responsabilidades na resposta às populações”. Durante o seu discurso o autarca posicionou-se contra a actuação da Administração Central e elogiou o trabalho que tem sido desenvolvido pelas três autarquias – Sesimbra, Setúbal e Palmela – na luta por melhores condições, seja dos serviços ou dos profissionais da área.

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“A nossa função não é apenas escrever uma carta ao senhor ministro da Saúde, escrever uma carta à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS/LVT). Para além do fecho programado das urgências gerais e pediátricas, aquilo que temos assistido ao longo dos dias, dos meses, deste último ano, é que mesmo nos períodos em que deviam estar abertas as urgências, são inúmeras as ocasiões em que, seja por um período de um dia, de dois ou de horas, mesmo nesse período em que devia estar aberto não tem condições de receber mais utentes”.

Freguesia Presidente denuncia 5 mil sem médico de família no Castelo

Maria Manuel Gomes, presidente da junta de freguesia do Castelo, também marcou presença no evento da passada noite de sexta-feira. Durante a sua intervenção fez questão
de fazer um retracto da sua freguesia em matéria de Saúde.

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“A minha freguesia tem mais de 20 mil pessoas e mais de 5 mil sem médico de família. Temos uma freguesia com muitos imigrantes e o número de pessoas sem médico de família e a procura da nossa unidade de saúde é enorme”.

A autarca evocou os investimentos feitos na Jornada Mundial da Juventude para pôr em questão as condições do centro de saúde. “Nós temos de lutar todos para que, quando formos ao centro de saúde, como também já me aconteceu, não termos cadeiras para nos sentarmos, eu ir tirar a tensão e não haver pilhas – porque não havia pilhas na última vez – e termos um Estado que faz palcos megalómanos. Como é que nós podemos viver num País em que há milhões para um palco e não há uma pilha para um aparelho de medir a tensão”.

No final fez um apelo, não só a todos os fregueses, bem como a todas as pessoas que se agrupavam frente ao palco. “O meu apelo a todos vocês é que façamos mais vigílias destas, seja onde for. Temos de ir para a rua, temos de fazer barulho – todos nós – e por todo o lado”.

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