Parlamentares consideram fundamental não adiar mais a realização do projecto de execução da via e a sua orçamentação
Os deputados socialistas eleitos à Assembleia da República pelo círculo de Setúbal defendem a criação urgente da variante ao Porto de Sesimbra, para permitir a expansão da área e a competitividade dos agentes económicos. E, por iniciativa da parlamentar Eurídice Pereira, apresentaram no final do mês passado aos ministérios das Infra-estruturas e Habitação e da Agricultura e Alimentação dois requerimentos sobre a importância do arranque da primeira fase da obra.
Os socialistas estimam que seja necessário um investimento de meio milhão de euros, verba que admitem que gostariam de ver transferida do Orçamento do Estado de 2023 para a Infraestuturas de Portugal, tendo em vista a execução da empreitada.
A via alternativa “encontra-se já parcialmente aberta, composta por um troço em terra batida”, mas falta “finalizar a ligação à zona industrial do Zambujal e proceder, em seguida, à respectiva pavimentação e instalação de equipamentos”, lembram os deputados do PS, em nota de Imprensa.
Para isso, sublinham, é “fundamental a definição do traçado final e das soluções técnicas mais adequadas, assim como o desenvolvimento do respectivo projecto de execução e orçamentação”. Até porque, justificam, só “com a realização do projecto de execução da via e sua orçamentação” é que “será depois possível identificar e desenvolver os mecanismos que permitam o financiamento necessário” para a concretização da obra.
“É, por isso, fundamental não adiar mais os primeiros passos. Em concreto a Infraestruturas de Portugal deverá desenvolver os estudos necessários para a definição do traçado final e das soluções técnicas mais adequadas à criação de uma via alternativa de ligação entre a rede viária nacional e o Porto de Pesca de Sesimbra, assim como o desenvolvimento do respectivo projecto de execução e orçamentação”, reforçam.
Para Eurídice Pereira, coordenadora regional dos deputados socialistas, citada na mesma nota, este passo “implica que deverá ser prevista a transferência de uma verba na ordem dos 500 mil euros do Orçamento do Estado, de preferência de 2023, para a Infraestruturas de Portugal, ou outra fonte de financiamento que o Governo defina como adequada”.
“Exactamente pela importância deste investimento, questionámos as tutelas relativamente à avaliação que fazem sobre o assunto e pretendemos saber se ambas reconhecem a necessidade de priorização da intervenção e, em caso afirmativo, qual o calendário expectável”, adianta a socialista. “Sabemos que se trata de um investimento de envergadura financeira, mas em algum momento temos de avançar. Obviamente que queremos que seja o mais breve possível”, frisa, a concluir.
