Vereador do PS exonerado acusa gestão CDU de “falta de espírito democrático”

Vereador do PS exonerado acusa gestão CDU de “falta de espírito democrático”

Vereador do PS exonerado acusa gestão CDU de “falta de espírito democrático”

O vereador do PS Marco Fernandes, exonerado pela Câmara do Seixal, acusou hoje a autarquia de “falta de espírito democrático”, considerando a destituição do cargo como uma “retaliação” pelo chumbo do orçamento municipal para 2019.

“Era uma medida que já esperávamos e vem como uma retaliação pelo facto de termos chumbado as Grandes Opções do Plano (GOP) e o Orçamento da Câmara Municipal, tudo o resto são falsos argumentos. O PCP tem falta de espírito democrático”, disse Marco Fernandes, ex-vereador da Protecção Civil.

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Foi na última sexta-feira que a Câmara do Seixal (CDU) informou sobre a destituição deste responsável e da vereadora da Segurança Alimentar e Bem-Estar Animal, Elisabete Adrião, também eleita pelo PS.

Para a autarquia, o comportamento dos vereadores socialistas perante a votação do orçamento municipal para 2019 “não correspondeu ao que seria expectável de eleitos com funções executivas”.

Apesar de aprovado em reunião de câmara, o orçamento foi rejeitado em Assembleia Municipal pela primeira vez em 44 anos de liderança comunista, com os votos contra do PS, PSD, PAN, CDS-PP e do presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro, Carlos Reis (independente).

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O município salientou então, em nota de Imprensa, que os vereadores do PS “não apresentaram qualquer proposta” para o orçamento do próximo ano, contudo Marco Fernandes garante que o partido expôs “pelo menos quatro propostas”, as quais nunca foram consideradas.

“Fomos chamados dia 8 de Outubro para discutir as GOP e orçamento em reunião privada e dissemos ao senhor presidente que as nossas propostas eram as que estavam no programa eleitoral. No dia 9 foi-nos apresentada a pasta com o orçamento. Então quem tem abertura para discutir entrega a pasta com o orçamento fechado um dia depois da reunião?”, questionou.

O socialista criticou ainda o facto de o orçamento ter sido apresentado “com as verbas trancadas” e por não ter sido chamado para definir “as grandes linhas de orientação para o pelouro”.

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O chumbo do orçamento é, na visão de Marco Fernandes, a única justificação para a destituição do cargo.

“Nós temos um sistema de gestão de qualidade onde são definidos objectivos, que não são definidos por mim, e no mês de Junho tinha uma taxa de execução de 368%, por isso não foi pelo desempenho do pelouro que fui exonerado, é mesmo por uma retaliação, por falta de espírito democrático. Eles não estão habituados, foram 44 anos no Seixal com maioria”, defendeu a concluir.

Lusa

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