Vendedores satisfeitos com primeira fase de remodelação do Mercado da Torre da Marinha

Vendedores satisfeitos com primeira fase de remodelação do Mercado da Torre da Marinha

Vendedores satisfeitos com primeira fase de remodelação do Mercado da Torre da Marinha

Com um investimento de 400 mil euros

As grandes superfícies e a pandemia não facilitam o negócio, mas todos acreditam em melhores dias

O Mercado da Torre da Marinha, localizado no coração de Arrentela e inaugurado a 25 de Abril de 1984, está a sofrer uma profunda remodelação levada a cabo pela Câmara Municipal do Seixal e Junta da União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Paio Pires.

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“A primeira fase, que incluiu a instalação de bancas em aço inoxidável e o arranjo e pintura das paredes está concluída”, afirma António Santos, presidente daquela União de Freguesias. Estes trabalhos, segundo o edil, orçaram em 400 mil euros. “A segunda fase, que arrancará a seu devido tempo, contemplará a instalação de lojas, onde funcionavam as bancas do peixe, e um restaurante, na parte inferior do edifício, onde hoje se fazem as cargas e descargas”, adiantou o autarca de freguesia.

“Quanto à data prevista para a conclusão da obra, é difícil de apontar, pois todos sabemos a situação anómala em que vivemos, os tempos de incerteza que suportamos”, salientou António Santos.

As pessoas não têm dinheiro para comprar

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Após a primeira fase das obras, o espaço das novas bancas, umas destinadas à venda de fruta e legumes e outras à de peixe e marisco, apresenta-se agora airoso e funcional, mais confortável para quem vende e para quem compra.

Num esboço do futuro restaurante, este será amplo, com muita luz e oferece uma vista agradável dos espaços adjacentes, já que serão de vidro as paredes que dão para a Rua Luís de Camões.

A O SETUBALENSE, um dos comerciantes de frutas e legumes, refere que com os trabalhos de beneficiação, o Mercado da Torre da Marinha “está bom, melhorou tudo. Só é pena os clientes rarearem. O ‘arame’ não chega, quer dizer, as pessoas não têm dinheiro para nada. Quando nem o Estado tem dinheiro…já pode ver. A pandemia, é claro, contribui bastante para este estado de coisas. Mas há esperança em melhores dias; esperança temos sempre”, confessa Gil Miguel Raposo.

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Por sua vez Rui Pereira, dono, com a sua esposa, do “Mercado do Peixe – Rui e Paula”, também opina que as obras, mesmo sem estarem concluídas, favoreceram muito o Mercado. “Isto está com outro aspecto, mais agradável e acolhedor”, referiu. “Está também mais funcional, ainda que tivéssemos que reajustar certas disposições, cada um à sua maneira, embora sem alterar o visual”, comenta.

Somos de outro campeonato

Quanto à escassez de clientes, “é um problema do comércio tradicional”, na opinião de Rui Pereira. “O nosso mercado está estrangulado pelas grandes superfícies das proximidades”. Depois, há o “caso da pandemia”. No entanto, ressalva: “as grandes superfícies não são nossos concorrentes directos, nós somos de outro campeonato. Os clientes são os mesmos, mas compram menos nesta época do ano. É sempre assim nos meses de Janeiro e Fevereiro. Gastam na quadra natalícia, recorrendo aos cartões de crédito, e agora caiem-lhes em cima as prestações do que compraram. É assim todos os anos”.

O casal mandou instalar uma grande pantalha televisiva por cima da banca e adquiriu uma escamadeira eléctrica, para cuidar dos peixes maiores. “Estamos sempre a apostar, nunca baixamos os braços, nunca perdemos a esperança”, assevera. As novas apostas incluem que o “Mercado do Peixe” vende também ao domicílio, pelo que tem uma página no Facebook para facilitar o negócio.

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