Seixal responsabiliza anterior governo por insuficiência de verbas para competências na educação

Seixal responsabiliza anterior governo por insuficiência de verbas para competências na educação

Seixal responsabiliza anterior governo por insuficiência de verbas para competências na educação

Acrescenta a autarquia, “o tempo veio a confirmar, uma vez mais, que a Câmara Municipal do Seixal tinha razão”

A Câmara do Seixal responsabilizou esta terça-feira o anterior governo do PS pela insuficiência de verbas transferidas para o município para as novas competências na área da educação e exigiu que a situação seja corrigida pelo novo executivo social-democrata.

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Em comunicado, a Câmara do Seixal indica que gastou mais 1,3 milhões de euros em 2022 e mais 3,2 milhões de euros em 2023 com as novas competências na área educativa, situação que considera ser insustentável.

“Quando em Abril de 2022 foi imposta aos municípios a transferência de competências na área da educação, a Câmara Municipal do Seixal, desde logo, afirmou que as verbas transferidas pelo Governo eram insuficientes para o exercício das competências que iriam ser transferidas pelo Ministério da Educação”, recorda a autarquia, lembrando também que o governo do PS “sempre garantiu que as verbas eram suficientes e que não haveria acréscimo de encargos para os municípios”.

Contudo, acrescenta a autarquia, “o tempo veio a confirmar, uma vez mais, que a Câmara Municipal do Seixal tinha razão”.

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“Mais grave é que de nada têm valido os constantes alertas ao Governo e ao Ministério da Educação para a insuficiência de verbas transferidas para a autarquia para fazer face às reais necessidades identificadas no quadro das competências transferidas”, lê-se na nota.

Ainda segundo a Câmara do Seixal, um dos municípios de maioria CDU, a insuficiência de verbas “ficou expressa no relatório/balanço relativo ao ano de 2023, uma vez que o valor transferido pelo Governo “foi inferior em 3,2 milhões de euros às despesas tidas pela câmara com as competências transferidas no âmbito da educação”.

“Assim sendo, deverá o Ministério da Educação não só ressarcir a Câmara Municipal do Seixal do referido valor, assim como do valor em divida de 1,3 milhões de euros referente ao ano de 2022”, defende a autarquia.

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A Câmara do Seixal adianta ainda que, em ofício dirigido ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, exigiu o pagamento dos montantes em défice, assim como o reforço das verbas para 2024 e 2025, para que tais défices não voltem a ocorrer e a penalizar o orçamento municipal.

O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, citado na nota de imprensa, deixa um apelo ao novo ministro da Educação para que resolva o problema e garante que a situação é incomportável.

“É impossível continuar a suportar estes custos que retiram capacidade à Câmara do Seixal de garantir a qualidade dos serviços públicos de educação, o pagamento de salários do pessoal não docente, o transporte de alunos com necessidades educativas especiais, as refeições escolares e, ao mesmo tempo, assegurar o necessário investimento nas restantes áreas de intervenção e gestão da autarquia”, salienta o autarca.

Fazendo votos para que “o novo ministro da Educação resolva esta situação, que o anterior ministro negligenciou por completo, transferindo as verbas efectivamente necessárias para fazer face às despesas e que permitam promover uma educação pública de qualidade, universal e gratuita”, Paulo Silva reforça que o problema está a colocar as autarquias numa “situação muito difícil que não pode continuar”.

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