Os discos que os portugueses ouviam nos anos 20 vão ser revisitados através do projecto A Toda a Corda em mais uma proposta do SeixalJazz, que estre ano vai para a 20.ª edição
A Quinta da Fidalga, em Arrentela, irá estar ao som do jazz a 14 de Setembro, com o concerto grafonola, guitarra e voz, A Toda a Corda! Vão ouvir-se “Os Primeiros Discos de Jazz no Portugal dos Loucos Anos 20” a partir das 19h00, e depois actua o trio do vibrafonista Eduardo Cardinho.
Será mais uma noite do SeixalJazz que este ano vai para a 20.ª edição e conta com a “marca vinte” do projecto A Toda a Corda!
Trata-se de um projecto de João Moreira dos Santos, historiador e autor do programa diário “Jazz A2”, que tem a participação de Cláudio Alves na voz e na guitarra.
Durante o concerto vão passar pelos discos de jazz que os portugueses ouviam nos loucos anos 20, interagindo com uma grafonola mecânica (a corda) e uma dúzia de velhinhos discos de 78 rotações. Em conjunto irão lembrar as primeiras obras jazzísticas, que embalaram a sociedade durante um período de excessos, de liberdades e de transgressões e nomes como Duke Ellington, Eddie Condon, Jelly Roll Morton, Sophie Tucker, Paul Whiteman e muitos outros.
Esta sessão irá recuperar os recitais de gramofone de 1920, acrescentando-lhe um surpreendente toque de originalidade e inovação. Vai ouvir-se a voz e guitarra de Cláudio Alves misturadas com alguns dos discos que vão tocar na grafonola, dando-lhes continuidade num estilo mais contemporâneo.
A par da música, num espectáculo que traz o passado para o presente, irão também ser partilhadas muitas histórias a propósito dos primeiros tempos do jazz em Portugal e de como a sociedade e os líderes de opinião reagiram a este género musical, por vezes com extrema violência verbal.
A noite termina com o concerto de Eduardo Cardinho Trio, que conta com Eduardo Cardinho, no vibrafone, Nelson Cascais, no contrabaixo, e Diogo Alexandre, na bateria.
O SeixalJazz, que celebra este ano a sua 20.ª edição, tem lugar de 17 a 26 de Outubro no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal e também no Armazém 56, na antiga fábrica corticeira Mundet.