21 Agosto 2024, Quarta-feira

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Práticas Colectivas do Bombo em Portugal inscritas como Património Cultural Imaterial

Práticas Colectivas do Bombo em Portugal inscritas como Património Cultural Imaterial

Práticas Colectivas do Bombo em Portugal inscritas como Património Cultural Imaterial

Pedido de registo foi submetido pela Associação dos Amigos do Tocá Rufar, que desenvolve no Seixal um projecto de oficinas de percussão

As práticas colectivas do Bombo em Portugal passaram a integrar o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, quatro anos depois da sua candidatura, foi hoje anunciado. O pedido de registo foi submetido pela Associação dos Amigos do Tocá Rufar e resulta de um processo de investigação conduzido entre 2016 e 2020 em colaboração com comunidades de grupos de bombos e respectivos protagonistas um pouco por todo o país.

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Em comunicado hoje divulgado, o instituto público Património Cultural revelou que aprovou a inscrição da manifestação “Práticas Colectivas do Bombo em Portugal” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI).

Com esta inscrição, o Património Cultural “reconhece a relevância desta prática na matriz identitária de várias comunidades portuguesas na actualidade, a sua importância histórica e influência social, cultural e educativa nos territórios em que se insere, as dinâmicas de reprodução e transmissão desenvolvidas geracionalmente e entre os grupos e intervenientes relacionados”.

A Associação dos Amigos do Tocá Rufar submeteu a candidatura ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, com o projecto “Construção e Práticas Tradicionais Colectivas dos Bombos em Portugal”, no dia 17 de Janeiro de 2020.

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Rui Júnior, percussionista e fundador dos Tocá Rufar, disse, em declarações à agência Lusa, que a integração das práticas colectivas do Bombo em Portugal no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial representa uma afirmação de uma comunidade que tem actualmente mais de 400 grupos recenseados.

Por outro lado, adiantou, traz a consciencialização por parte dos grupos da importância cultural e comunitária da actividade e de uma linguagem musical reconhecida como sendo portuguesa.

“Espero que os grupos tomem agora mais consciência do valor que têm”, frisou.

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A Associação dos Amigos do Tocá Rufar nasceu há 28 anos para promover formação artística e cultural para a afirmação da percussão tradicional portuguesa e desenvolve no concelho do Seixal um projecto de oficinas de percussão do Curso Regular Tocá Rufar nas escolas do 1.º ciclo do ensino básico, que no último ano lectivo envolveu quase 1.100 alunos.

Segundo o Património Cultural, as práticas colectivas do bombo em Portugal, de carácter performativo e musical, são realizadas por grupos organizados de tocadores de bombo e caixa, podendo incluir instrumentos melódicos.

Estas práticas performativas executadas por músicos especializados tradicionalmente ocorrem em contextos públicos, em dias ou momentos de grande importância social local.

“Milhares de pessoas por todo o país participam directa ou indirectamente nas actividades relacionadas com as práticas colectivas dos bombos, tocando ou vendo e ouvindo as performances, usando-as nas suas dimensões educativas, de animação ou de lazer, reconhecendo-as como elementos culturais identitários das suas comunidades, das suas regiões e do seu país”, refere o Património Cultural adiantando que a transmissão de conhecimentos relacionados com estas práticas faz-se através de ensino formal ou informal pelos elementos mais experientes dentro de cada grupo.

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