Iniciativa popular tem o apoio do município e da junta, que confirmou ter tido conhecimento da intenção de fecho do posto
A população da Aldeia de Paio Pires, no concelho do Seixal, marcou uma concentração para quarta-feira em protesto contra a possibilidade de o posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) ser encerrado.
Marta Pereira, comerciante na zona, explicou à Lusa que o posto tem vindo a perder recursos desde há um ano e que agora existe a intenção de encerrar e transferir os militares para o posto de Fernão Ferro, outra freguesia do concelho.
Segundo a munícipe, em Maio de 2023 deixou de haver uma patrulha fixa em Paio Pires e em Fernão Ferro, passando a existir uma patrulha conjunta, estando agora a ser equacionada a retirada da secretaria e da área dos inquéritos.
A Lusa questionou a GNR, aguardando ainda uma resposta.
Marta Pereira referiu que a medida causa um sentimento de insegurança à população, que precisava, aliás, de ainda mais patrulhamento.
A iniciativa popular tem o apoio do município e da junta, que confirmou ter tido conhecimento da intenção de fecho do posto e fez um apelo nas redes sociais para a adesão à iniciativa de quarta-feira.
A presidente da União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, Maria João Costa, explicou, em declarações à agência Lusa, que o encerramento do posto vai deixar sem apoio de proximidade 15 mil pessoas, numa área com muitos idosos.
“Temos uma população envelhecida que tem possibilidade de se deslocar a Fernão Ferro para fazer queixa de qualquer ocorrência”, disse.
A autarca defendeu que “não faz qualquer sentido que este posto venha a encerrar”, permanecendo um posto único em Fernão Ferro.
Em 2004, explicou, este posto da GNR tinha 40 efectivos e 33 do corpo de intervenção, num total de 70 militares, e actualmente estão destacados apenas 17 militares.
A acção de protesto está marcada para as 18 horas, em frente ao posto da Guarda Nacional Republicana de Paio Pires.