28 Junho 2024, Sexta-feira

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Pena máxima por matar casal no Seixal ao pegar fogo a casa onde dormiam

Pena máxima por matar casal no Seixal ao pegar fogo a casa onde dormiam

Pena máxima por matar casal no Seixal ao pegar fogo a casa onde dormiam

Paulo Aguiar, de 32 anos, foi condenado pelo duplo homicídio qualificado de um casal, Gertrudes da Costa, 48 anos, e António Alves, 53

O Tribunal de Almada condenou Paulo Aguiar, brasileiro de 32 anos, pelo duplo homicídio qualificado de um casal, Gertrudes da Costa, 48 anos, e António Alves, de 53 anos, no Seixal a 13 de Maio do ano passado.

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O homicida pegou fogo à casa devoluta onde as vítimas dormiam e impediu que fugissem, bloqueando a saída, um buraco na parede, com uma porta de madeira e fazendo força para que não a abrissem.

Logo a seguir ao crime, o homicida dirigiu-se a um parque na Amora e disse a um grupo de raparigas que “tinha morto duas pessoas que não faziam falta”, como foi provado em tribunal. Até mostrou o seu perfil nas redes sociais e pediu-lhes para o seguir.

Em tribunal, ficou provado, Paulo Aguiar procurava um sítio para dormir e entrou no antigo externato na Cruz de Pau por um buraco na parede das traseiras, uma vez que todas as portas estavam entijoladas. No chão viu vários artigos espalhados e pegou-lhes fogo com chama directa em três pontos e depois fugiu.

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À saída, Paulo Aguiar apercebeu-se da presença de duas pessoas que tentavam escapar das chamas, Gertrudes da Costa e António Alves, mas bloqueou a saída com uma porta de madeira. “O arguido empurrou a porta de madeira impedindo a fuga das vítimas, mesmo sabendo do esforço que estas envergavam para sair”. As vítimas morreram carbonizadas. 

A juiz presidente do Tribunal de Almada considerou que o arguido “tinha uma clara intenção de matar” e não deu crédito à sua versão, de que não estava lá. “A única testemunha que trouxe não confirmou que estava com ela”.

Logo a seguir ao crime, o homicida deslocou-se a um parque na Amora, onde encontrou um grupo de amigas a quem confessou tudo. Tatiana Louro, 19 anos, contou em tribunal, que “ele estava alucinado”.

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“Mostrou como provocar um incêndio com um saco de plástico e contou que tinha morto duas pessoas que não faziam falta ao pegar fogo a uma casa onde dormiam. Ainda apontou para onde tinha feito aquilo, mas não vi fumo nenhum. Só mais tarde vi o fogo e percebi que era real”. O testemunho desta e das outras duas raparigas em tribunal foi tido como credível para condenar Paulo Aguiar à pena máxima.

Em julgamento, o arguido negou tudo, disse que foi tudo uma confusão, que estava em casa do seu patrão, foi para o Porto dias depois em trabalho e que ficou em pânico quando foi detido em Espanha. Em tribunal, o patrão do arguido não confirmou que estivesse com ele nessa noite.

O arguido foi condenado por dois crimes de homicídio qualificado, por um crime de incêndio e a pagar 32 mil euros à instituição de recuperação de créditos bancários Parvalorem, proprietária do externato que incendiou.

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