Para a autarquia o ministro Pedro Matos Fernandes não mostrou interesse em encontrar alternativas
Depois da Câmara do Seixal ter apresentado ao ministro do Ambiente e da Acção Climática uma solução temporária para a Transtejo continuar a operar entre o concelho e Lisboa, enquanto duram as obras de requalificação do pontão do cais, trabalhos anunciados a 26 de Outubro para durarem 45 dias, o próprio governante João Pedro Matos Fernandes veio afirmar que a proposta da autarquia “não é exequível” para retomar o serviço fluvial entre as duas margens.
Mas enquanto o ministro afirma que não existe alternativa ao encerramento do Terminal Fluvial do Seixal, a autarquia veio reafirmar que a proposta apresentada “é exequível” e teria sido desejável que o ministro do Ambiente a “tivesse ponderado, em vez de a desvalorizar”, refere em comunicado.
Para a Câmara Municipal do Seixal, as declarações do ministro João Pedro Matos Fernandes “revelam desinteresse em encontrar alternativas que pudessem ter salvaguardado o interesse dos utentes do transporte fluvial, principalmente em tempos de pandemia, tendo sido mais fácil para o Governo e sobretudo menos oneroso, interromper o serviço de transporte fluvial, prejudicando desta forma milhares de utentes que todos os dias se deslocam entre as duas margens do rio e sobrecarregando outros meios de transporte que por sua vez já se encontram acima da sua lotação”.
Reafirma o presidente da Câmara, Joaquim Santos, que a solução alternativa apresentada pela autarquia “em seis dias, e que o Governo não foi capaz de encontrar em seis meses, manteria o funcionamento do transporte fluvial no concelho do Seixal”.
Acrescenta o autarca que embora a autarquia “não tenha obrigação, nem competência, para criar alternativas durante o período de obras, decidiu contactar um dos maiores operadores de transporte marítimo e fluvial em Portugal, com técnicos altamente especializados e que demonstraram ser possível criar um cais provisório que respondesse às necessidades”. Perante isto, o autarca “lamenta” que o ministro, além de “não ter conseguido acautelar a situação, ainda critique aquela que foi apresentada pela autarquia do Seixal”.