Suspeito com dupla nacionalidade – francesa e portuguesa –, viajou para Portugal enquanto decorria o julgamento por tentativa de homicídio em França
Um homem de 38 anos que foi detido pela PSP no Seixal e que era procurado em França para cumprir pena de prisão por tentativa de homicídio é suspeito de ser um dos dois assaltantes que, em Outubro de 2021, levaram a cabo um assalto milionário a uma ourivesaria no Centro Comercial Colombo, em Lisboa. Nesse assalto, levaram mais de cem mil euros em relógios que guardaram em mochilas de estafetas de comida.
A detenção ocorreu na passada quarta-feira por polícias da Investigação Criminal da PSP do Seixal. O suspeito ainda tentou fugir, mas sem sucesso. “Tinha na sua posse um cartão de cidadão que não lhe pertencia, bem como um documento clínico que indiciava que futuramente seria submetido a uma alteração estética facial, tendo como finalidade não ser reconhecido”, avançou a PSP de Setúbal, em comunicado esta terça-feira.
Ao que foi possível apurar, o homem, com dupla nacionalidade – francesa e portuguesa –, viajou para Portugal enquanto decorria o julgamento por tentativa de homicídio em França, fugindo assim das autoridades francesas.
Durante o julgamento, chegou a ser emitido um mandado de extradição para realização do julgamento, mas o homem não aceitou, permanecendo em Portugal. Acabou por ser julgado, condenado a nove anos de prisão em França, mas nunca compareceu perante as autoridades francesas para cumprimento da pena.
Durante o tempo que estava em Portugal, o homem era suspeito de autoria de assaltos a residências, muitas luxuosas, rendendo-lhe muitas centenas de euros, bem como o assalto mediático que ocorreu no Centro Comercial do Colombo, em Lisboa.
De acordo com a PSP, o detido foi presente a interrogatório judicial no Tribunal da Relação de Évora, tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção de prisão preventiva. “São imputados factos que consubstanciam a prática, em país estrangeiro, de um crime de tentativa de homicídio, bem como factos que evidenciam ter cometido, em território nacional, nove crimes de furto qualificado na forma consumada, quatro crimes de falsificação de documento, um crime de furto simples, e um crime de receptação”.