Apesar de terem subscrito a tomada de posição a exigir a construção da ponte pedonal/ciclável, os vereadores socialistas do Seixal estão ao lado do presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa, sobre reequacionar o projecto
Diz o Frederico Rosa que o motivo é o inesperado aumento de custo da obra, por erro de projecto. Com as câmaras a terem de assumir os 2 milhões de euros devido ao aumento da ponte, este valor “tem um grande peso no orçamento da Câmara do Barreiro, que é de 54 milhões de euros”, comentava o vereador Eduardo Rodrigues. Quanto à Câmara do Seixal, o eleito do PS considera que “pode fazer frente a este aumento com mais facilidade por ter um orçamento de 89 milhões de euros.
As razões de Frederico Rosa – que avançou a O SETUBALENSE-DIÁRIO DA REGIÃO e publicadas na edição da passada quarta-feira – são liminares, “ a Câmara do Barreiro encontra-se a reequacionar este projecto que permitirá ir de bicicleta e a pé ao Seixal”.
E justifica que “por erro de projecto, e antes de sair do papel, a obra verifica já uma derrapagem de 100%, apenas no que respeita ao município do Barreiro, passando dos anunciados cerca de 850 mil euros de investimento, não comparticipado, para 1.850.000,00 euros, aproximadamente”. O valor total da obra de “4 milhões de euros passa para 6 milhões de euros”.
Frederico Rosa “não põe em causa o mérito do projecto, mas não abdica de gerir com rigor os dinheiros públicos confiados [à Câmara do Barreiro], sabendo que no [concelho] existem outras prioridades ao nível de mobilidade, que carecem de resolução, tal como a zona da Recosta e o acesso ao Terminal rodo-ferro-fluvial”.
Assim sendo, a “vontade que a Câmara tem em efectuar esta ligação não pode nunca toldar a capacidade de decidir com critério, protegendo o interesse e os dinheiros públicos, e de hipotecar a capacidade de investimento do Município”, conclui.