De acordo com a acusação do MP, o principal arguido utilizava a vítima, Thulio Silva, 21 anos, para obter dinheiro através de esquemas fraudulentos
O Ministério Público do Seixal acusou um homem de 37 anos pela morte a tiro por execução de um jovem de 21 anos no Seixal, cujo corpo foi incendiado num contentor de lixo na praia no Tejo. Em causa uma alegada dívida de cinco mil euros do jovem ao homicida, por burlas informáticas, como o “Olá Pai Olá Mãe”.
De acordo com a acusação do MP, o principal arguido utilizava a vítima, Thulio Silva, 21 anos, para obter dinheiro através de esquemas fraudulentos, sendo que que quando esta não lhe entregava o dinheiro que obtinha, castigava-a. Neste contexto, em dezembro de 2024, este arguido atraiu o ofendido à sua residência e manteve-o retido, por tempo indeterminado e até que o mesmo pagasse uma dívida.
Em janeiro de 2025, novamente por causa de dívidas, o arguido decidiu, por vingança, matar a vítima, o que acabou por fazer, no dia 29 desse mês, ao desferir-lhe um tiro na cabeça, no interior da sua habitação em Fernão Ferro. Em seguida, com o auxílio do segundo arguido, transportou o cadáver na bagageira de um automóvel para a zona da praia da Ponta dos Corvos, onde depositou o cadáver num caixote do lixo e lhe ateou fogo, carbonizando-o, para o eliminar, evitar a sua identificação e, dessa forma, impedir a descoberta da autoria do crime. No processo, o MP acusa um segundo arguido por auxílio na profanação do cadáver.
O corpo de Thulio Silva foi descoberto num contentor carbonizado na Praia da Ponta dos Corvos, no Seixal no dia 29 de janeiro. Estava completamente irreconhecível, carbonizado, mas foi graças a um objeto que não foi consumido pelas chamas, que a PJ chegou à identificação da vítima e, posteriormente, ao suspeito e à motivação do crime.
Thulio Silva morava no Brasil e veio para Portugal há dois anos. Chegou a trabalhar como eletricista no Montijo e recentemente morava com a namorada na zona da Charneca da Caparica.