29 Março 2024, Sexta-feira
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Jorge Gama: “A meta da Global Brands Solutions para os próximos três anos é a diversificação”

Jorge Gama, sócio e responsável comercial da empresa, sediada no Distrito há dois anos, aponta as razões para um trajecto de crescimento

 

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A empresa Global Brands Solutions (GBSO) , sediada no Seixal, passou a figurar no ranking das maiores empresas do distrito de Setúbal com uma entrada directa para o top 400.

“Obviamente que nos deixa orgulhosos, pese embora um ranking não passar disso mesmo”, reagiu a O SETUBALENSE Jorge Gama, sócio e responsável pela área comercial da empresa.

“O que realmente nos motiva, é a evolução da empresa no seu sector, a sua solidez, e claro, acima de tudo o bem-estar de todos os colaboradores. Os motivos são vários, empenho, objectividade e capacidade de adaptação aos desafios. Vivemos na empresa um sentimento constante de inconformismo, queremos sempre ser melhores e acreditamos sempre que podemos ir mais além”, acrescenta.

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No mercado desde 2014, e em Setúbal desde 2019, os números falam por si. A GBSO representa, actualmente 14 empresas estrangeiras em exclusividade, 24 marcas e gere mais de 900 produtos.

Representa marcas estrangeiras em 13 categorias na área da beleza e bem-estar. Em 2017 lançou a sua própria marca de higiene corporal, a Soft&Co.

A marca 100% produzida em Portugal, já ganhou, entretanto, o prémio de Produto do Ano como melhor de linha de corpo vegan. Com estes dados, Jorge Gama frisa que os objectivos traçados de início estão plenamente cumpridos.

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“A GBSO tornou-se, efectivamente, naquilo que era o nosso objectivo na sua criação: uma empresa reconhecida no sector e empenhada em ser vista como um exemplo de boas práticas, sólida e capaz de abraçar os projectos e desafios que nos aparecem. Conseguimos atingir uma posição bem consolidada, o que contribui também para outra capacidade de inovação e desenvolvimento”.

O que diferencia a GBSO dos restantes players?

Mais do que nos diferenciarmos dos nossos concorrentes estamos sobretudo focados em nós e no nosso trabalho. A diferenciação, se surgir, será consequência das estratégias implementadas a nível comercial, marketing e inovação. A base da nossa organização é sobretudo a transparência e o foco nos objectivos traçados. Com a criação da nossa marca Soft&Co, iniciámos um novo caminho, e está para breve uma nova área de negócio distinta da que tem sido a nossa actividade central até agora. Não nos vamos afastar, evidentemente, do que nos trouxe até aqui, pois esse é o nosso ADN, mas a diversificação do negócio é uma das metas para os próximos três anos.

Em que ponto de desenvolvimento e implantação está a linha de produtos Soft&Co?

A marca Soft&Co é um enorme sucesso! Resulta de uma adaptação perfeita aos gostos e necessidades dos consumidores portugueses, e é a demonstração de que os portugueses cada vez mais consomem produtos nacionais. A aposta foi na seriedade, na medida em que os produtos da gama, sem excepção, têm todos elevados parâmetros de qualidade. Todos os produtos são produzidos em Portugal e desde que a marca foi lançada, já foi duas vezes galardoada com prémios do sector e cresce a dois dígitos, anos após ano, sendo que o futuro é risonho. Temos vários projectos para a marca a serem desenvolvidos, com lançamento previsto em 2022.

A GBSO apostou recentemente na região de Setúbal. O que motivou esta mudança?

A decisão pela deslocalização da empresa para o distrito de Setúbal teve vários motivos. A zona industrial onde nos encontramos está bem servida de acessos, a proximidade ao que, tudo indica, será o futuro aeroporto de Lisboa também teve o seu peso. Contudo, a relação qualidade/ custo foi a principal razão, sendo que, de resto, creio que a região tem ainda um longo caminho a percorrer. Estamos aqui há dois anos e nunca fomos contactados em termos de serviços públicos. Creio que as empresas devem ter uma comunicação mais próxima com o poder local de forma a dar a conhecer a sua sensibilidade para o que se pode e deve melhorar.

É um mercado ainda com muito por explorar?

A região tem obviamente um enorme potencial de crescimento. Pode tornar-se numa zona de forte captação de empresas, porém, muita coisa tem que mudar sendo que os municípios têm de perceber as necessidades das empresas. Não se podem continuar a criar zonas industriais com pracetas, e ruas estreitas onde não se manobra um camião como acontece, por exemplo, na zona onde estamos. Isso não faz sentido e não é possível. Outro exemplo: não se pode limitar, numa zona industrial, a altura de construção de um armazém como acontece onde estamos. Os armazéns na nossa zona industrial não podem ter mais de 7 metros de altura, sem se perceber bem a razão. Para termos uma ideia; se pudermos ter 9 metros (e metros a mais) estamos a falar de mais 20% adicionais de capacidade de armazenagem. Este facto, para uma empresa como a nossa, que precisa de capacidade de armazenagem é fundamental. Estes são alguns exemplos práticos e básicos de constrangimentos com impacto numa decisão de localização de uma empresa como a nossa pois influenciam a competitividade das empresas.

Ser uma referência no sector da cosmética e beleza é o vosso objectivo?

Podemos afirmar com convicção que esse objectivo já foi alcançado, agora pretendemos manter-nos como referência, e muitas vezes é mais difícil manter-nos como referência do que chegar a este nível. A GBSO opera num sector altamente competitivo e exigente, compete em mercados de FMCG (Fast Moving Consummer Goods) e muitos dos nossos concorrentes são as grandes multinacionais de referência, olhamos para isso com inspiração e fonte de injecção motivacional e essa é a melhor e única maneira de evoluirmos. Não temos as mesmas armas que esses concorrentes, mas temos algumas que eles não têm, temos que trabalhar a dobrar, sermos mais rápidos, trabalhar cada vez melhor, sermos mais ágeis e camaleónicos.

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