24 Julho 2024, Quarta-feira

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Pais, alunos e professores pedem conclusão da requalificação da Escola João de Barros no Seixal

Pais, alunos e professores pedem conclusão da requalificação da Escola João de Barros no Seixal

Pais, alunos e professores pedem conclusão da requalificação da Escola João de Barros no Seixal

Pais, alunos e professores da Escola Secundária João de Barros, em Corroios, no Seixal, manifestaram-se hoje contra a demora na conclusão das obras de requalificação daquele estabelecimento de ensino, que se arrastam há mais de 10 anos.

“A escola João de Barros é sede de um mega-agrupamento, tem 1.200 alunos e uma comunidade – alunos, docentes e não docentes – de 1.500 pessoas, mas há 10 anos que está em obras, que muitas vezes estão paradas”, disse à agência Lusa José Lourenço, da Associação de Pais e Encarregados de Educação (APEE).

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“A escola João de Barros, para nós, é um `case-study´ daquilo que o Estado não deve fazer. Tem havido um laxismo enorme em relação a esta escola. Tem havido problemas com o aspeto legal da lei dos contratos públicos, a tal lei que diz que quem ganha é o melhor valor, o melhor ou o valor mais baixo. Não interessa se essa empresa é ou não é competente, se está a fazer `dumping´. E o que tem havido é uma sucessão de incumprimentos por parte dos empreiteiros”, acrescentou.

O representante falava à agência Lusa pouco depois de ter terminado a ação de protesto realizada hoje de manhã, que contou com a presença de muitos alunos e professores e teve o apoio da União Concelhia das Associações de Pais e Encarregados de Educação do Seixal (UCAPES), a que se juntaram o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Santos, e as deputadas Joana Mortágua (BE) e Paula Santos (PCP).

Segundo José Lourenço, “a última empreitada, lançada em 2016 ou 2017, tinha o valor base de 9,8 milhões de euros, mas acabou adjudicada por apenas 7,5 milhões de euros, situação que deveria ter acendido logo todas as lanternas, todos os alarmes”.

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“Era irrealizável, estava à vista de toda a gente que era irrealizável. E a verdade é que, após um diferendo com o dono da obra, a Parque Escolar, o empreiteiro abandonou os trabalhos de requalificação da escola”, disse.

Em 2019, acrescentou, face ao abandono por parte do empreiteiro, foi lançado mais um concurso público, para concluir o que ainda falta fazer no âmbito do projeto de requalificação, com um valor base de 10,5 milhões de euros.

No entanto, de acordo com o representante dos pais e encarregados de educação, devido à pandemia e a um problema detetado pelos concorrentes, que consideraram insuficientes as verbas previstas para a fiscalização da obra, o concurso público ainda não foi adjudicado e os trabalhos, interrompidos há 17 meses, em abril do ano passado, continuam parados, “com os prejuízos que daí resultam para alunos e professores, bem como para as atividades letivas”.

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“Este nó tem de ser desatado. E não há melhor altura do que esta, no início das aulas, para resolver este problema”, disse José Lourenço, lembrando que também há encargos financeiros desnecessários.

“Só o aluguer de um espaço exterior para que os alunos da João de Barros pudessem ter Educação Física ao longo dos últimos 10 anos custa 6.000 euros por mês”, sublinhou.

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, visitou a Escola Secundária João de Barros em setembro de 2016 para anunciar que o processo para a requalificação daquele estabelecimento estava desbloqueado, mostrando-se convicto de que as obras iriam recomeçar durante o ano letivo de 2016/2017.

“Estamos em condições de dizer que, a breve trecho, a obra se reiniciará para que esta escola possa ter o seu projeto pedagógico potenciado, alavancado, e para que, de certa forma, o desígnio principal da escola pública se possa cumprir nesta escola”, disse, na altura.

A agência Lusa questionou o Ministério da Educação sobre a situação escola e a data prevista para o reinício das obras, mas ainda não obteve resposta.

Lusa

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