Solução tem de ser definitiva, alerta o presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha. Opção por intervenções de remedeio “é jogar dinheiro fora”, garante o autarca
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém exigiu à sociedade Polis Litoral Sudoeste “uma rápida resolução” para “os buracos” no pavimento da Costa de Santo André, que surgiram há um ano após obras de requalificação.
Os “buracos” no pavimento do estacionamento que surgiram com as primeiras chuvas, após a conclusão da requalificação da Costa de Santo André, em Santiago do Cacém, e o “pó no Verão” fazem parte do problema que o município quer que a sociedade Polis Litoral Sudoeste, entidade promotora do investimento de “cerca de um milhão de euros”, resolva.
“Quando não é a chuva são os buracos, de Verão foi o pó, e o tipo de material que lá foi aplicado não se coaduna com o número de carros que lá vão”, disse Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
A obra, recordou o autarca em declarações à agência Lusa, foi “inaugurada há cerca de um ano” e pouco tempo depois, com as “primeiras chuvadas” começaram “os buracos”.
“Tem-se indo minimizando, tapando os buracos, mas é preciso uma intervenção de fundo, que resolva o problema de uma vez por todas”, apontou, frisando que quer “uma solução duradoura e definitiva”. Para isso, o autarca já apresentou “duas propostas de solução”, que, após uma reunião realizada com a sociedade Polis Litoral Sudoeste, ficou de remeter “de forma detalhada” para que “quem tem a tutela possa pronunciar-se sobre esse tipo de solução”.
“Enquanto não se for lá fazer o investimento que resolva o problema, tudo aquilo que se for lá fazer é jogar dinheiro fora, andamos a tapar buracos e a gastar recursos públicos”, asseverou.
Polis Litoral Sudoeste aguarda envio de propostas do município
A empreitada, realizada pela sociedade Polis Litoral Sudoeste em parceria com a Câmara Municipal, foi apoiada pelo Programa Operacional Temático de Valorização do Território (POVT) 2007-2013 e co-financiada em 85% pelo Fundo de Coesão.
O ordenamento e reconversão de caminhos, restrição à circulação automóvel, criação de estacionamentos afastados do sistema dunar e novos acessos em material reciclado foram alguns das medidas do projecto de requalificação da Costa de Santo André, que incluiu a reconstrução e consolidação da morfologia dunar e a plantação de espécies dunares nativas.
“A requalificação da praia e tudo o resto é um motivo de orgulho para nós, o único problema é efectivamente o parque de estacionamento”, concluiu o autarca, que admitiu, caso não haja alternativa, “vir a ter que ser a Câmara a resolver” a situação.
Em resposta escrita à tentativa de contacto da agência Lusa, o presidente da sociedade Polis Litoral Sudoeste, André Matoso, informou apenas ter sido “acordado” o envio por parte do município das “soluções técnicas que entender como viáveis para validação e enquadramento nos instrumentos de gestão do território aplicáveis”. As propostas da autarquia, acrescentou, serão submetidas a “apreciação da APA/ARH Alentejo [Agência Portuguesa do Ambiente/Administração Regional Hidrográfica do Alentejo]”.