27 Junho 2024, Quinta-feira

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Diogo Aurélio: Uma lesão levou-o a descobrir a fisioterapia, hoje tem uma clínica no Litoral Alentejano

Diogo Aurélio: Uma lesão levou-o a descobrir a fisioterapia, hoje tem uma clínica no Litoral Alentejano

Diogo Aurélio: Uma lesão levou-o a descobrir a fisioterapia, hoje tem uma clínica no Litoral Alentejano

Formou-se em Setúbal passou por Inglaterra. Fazer das contrariedades oportunidades é o seu estilo de vida. Quando tudo parecia torto, ‘endireitou o esqueleto’ e decidiu o seu sucesso

 

Quando algo corre mal, em momentos pode ser um aperto; uma revolta, ou, por que não uma oportunidade. Foi assim que Diogo Aurélio, hoje com 27 anos, despertou para a profissão de Fisioterapeuta e teve a coragem de abrir um gabinete, agora clínica, da especialidade. Foi em Setembro de 2020, em Vila Nova de Santo André, concelho de Santiago do Cacém, durante plena crise pandémica covid-19. “Assumo que foi um risco a vários níveis, mas foram ponderados, e o resultado tem sido muito positivo”, afirma.

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Voltando à época em que tudo começou, contada pelo próprio. “Quando tinha 15 anos lesionei-me no joelho a praticar desporto, fui operado e tive de fazer fisioterapia, uma ‘coisa’ que desconhecia. Estava no 10.º ano em Ciências, e ‘preso’ a uma recuperação longa, foi nessa altura que senti interesse para estudar esta área, e seguir carreira”.

Assim que terminou o 12.º ano entrou no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) onde se licenciou em Fisioterapia, entre 2012 e 2016. Quis regressar às suas origens, Vila Nova de Santo André, mas não lhe foi fácil conseguir o primeiro emprego. “Se a nível nacional, em 2016, as oportunidades de emprego na minha área não eram muitas, aqui era pior. Não havia clínicas privadas com fisioterapia, e em hospitais poucos entravam”. Só passados quatro meses conseguiu um trabalho através de estágio profissional.

Terminado o estágio, “as oportunidades continuavam a ser muito poucas”. Diogo Aurélio namorava então com uma enfermeira de Setúbal que tinha terminado o curso também no IPS em 2017. “Decidimos ir para o estrageiro”, e escolheram Inglaterra, para trabalhar e fazer formação contínua. Entrou numa clínica privada e, além do ordenado, ainda recebia 500 euros para investir em formação. “Isto é raro acontecer em Portugal”, comenta.

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Em Março de 2020 regressa a Portugal e, em Setembro do mesmo ano, decide abrir o seu próprio gabinete de fisioterapia que, entretanto, ampliou especialidades. A agora clínica Fisio Move proporciona consultas por um médico de clínica geral, uma psicóloga e uma terapeuta da fala. A parte da fisioterapia está unicamente a cargo de Diogo Aurélio que, essencialmente, trata as áreas neuro-músculo-esqueléticas, onde tem uma formação mais ‘musculada’.

Assume que foi um risco, quer por se instalar numa zona do Alentejo onde a fisioterapia ainda era pouco divulgada, e mais ainda em plena fase alta da propagação da infecção covid-19. “Foi uma decisão pessoal e com dificuldade acrescida, mas ponderada”. Mais uma vez, perante um quadro de contrariedades viu oportunidades. “Esta região não está muito desenvolvida na área de fisioterapia, não há muitos gabinetes como o meu, mas existem muitos casos de lesões ocupacionais ou em pessoas que fazem trabalhos repetitivos em fábricas”.

O certo é que a sua perspectiva mostrou estar correcta e, em Março deste ano, mudou a clínica para um novo espaço e começou a implementar novas áreas de saúde. “Está a correr muito bem, e tenho a agenda cheia”, a ponto de estar a considerar contratar mais um fisioterapeuta.

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“A media de horas semanais que passo na clínica com clientes é sempre acima das 50 horas. Apenas guardo para mim a tarde de sábado e o domingo, mesmo assim, há sempre qualquer coisa para fazer na clínica. Não tem sido fácil, mas não há crescimento sem dores. Está tudo a correr bem, felizmente”, afirma.

Ao mesmo tempo, antevê que a profissão de Fisioterapia venha a ter agora um maior crescimento, não só porque a população começa a ficar mais desperta para este tipo de cuidados de saúde, mas também porque neste momento está constituída a Ordem dos Fisioterapeutas que, em cerca de ano e meio de actividade, tem estabelecido acordos com outras Ordens profissionais. “É um grande passo na nossa profissão”, considera Diogo Aurélio.

Quanto a tempos livres, “são muito poucos”, e o seu ‘escape’ é a actividade desportiva, dedicando-se ao paddle. “Se estiver stressado, dá para dar ali umas belas pancadas com a raquete, o que é muito bom para aliviar”. De resto, é estar com a família, os amigos e, no Verão, praia.

 

Diogo Aurélio à queima-roupa

Idade: 27 anos

Naturalidade: Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém

Residência: Vila Nova de Santo André

Área: Fisioterapeuta

Assume que estabelecer-se no Alentejo, onde a fisioterapia ainda era pouco divulgada, e quando a pandemia estava no pico, foi um risco. “Foi uma decisão difícil, mas ponderada”

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