Autarca convidou Maria do Céu Albuquerque a ver “in loco” o drama da falta de água para rega na região
A falta de água para rega dos 3 800 hectares de área beneficiada pelas albufeiras de Campilhas e Alto do Sado levou o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, a desafiar a ministra da Agricultura a deslocar-se aos locais.
O autarca, através de missiva, convidou Maria do Céu Albuquerque a “inteirar-se do cenário dramático” que se vive na região. Na carta enviada à ministra, segundo a autarquia, Beijinha manifestou preocupação “com os 1150 ha de arroz, os 950 ha de milho, os 350 ha de tomate, os 550 ha de prados e forragens, os 200 ha de hortícolas e 600 ha de outras culturas que não vão ser efectuadas”.
“A dimensão do problema é grave, pois aqui incluem-se alguns sectores que asseguram a auto-suficiência alimentar do País e que contrariam o défice estrutural da balança agro-alimentar, por via das exportações. Em termos regionais são mais de sete milhões de euros que deixam de vir para a região”, alertou o presidente da Câmara.
Álvaro Beijinha espera que a governante aceite o convite e que durante a visita seja possível “discutir medidas de apoio para os agricultores que estão a viver uma situação complicada e a própria associação de regantes – que vive da venda da água e tem um conjunto significativo de trabalhadores – [que] atravessa grandes dificuldades”.
O presidente do município do litoral alentejano vincou ainda, a concluir, que estas “são matérias determinantes para o futuro da agricultura” no concelho.