Criações podem ser apreciadas até 21 deste mês. Autarquia celebra acordo para restauro de esculturas
Quem passar pela Igreja de Santiago, no Castelo de Palmela, até 21 de Agosto vai poder desfrutar da beleza do Tapete de Arte Efémera e da exposição de pintura, a “retratarem” o Caminho de Santiago. Ambas as criações foram inauguradas no passado dia 22, no âmbito das comemorações do Dia de Santiago, em cerimónia que juntou os artistas criadores e representantes do Museu Nacional de Arte Antiga e da embaixada de Espanha, entre outros.
Segundo a Câmara Municipal de Palmela, o Tapete de Arte Efémera (Alfombra Mundial del Xacobeo 2022) “resulta de um projecto em que participam mais de 260 cidades e vilas de 30 países, repartidos por cinco continentes”. António Cunha (designer na Câmara Municipal de Setúbal)é o autor do desenho vencedor da edição de 2022, sendo que a elaboração do tapete esteve a cargo de Isabel Curto Castan.O desenho que ilustra a obra, construída com sal, serradura e terra, tem sido replicado em 30 países e esteve recentemente patente ao público na Praça do Bocage, em Setúbal.
Já a mostra de pintura, da autoria de Mário Costa e intitulada “Peregrinos no Caminho de Santiago”, “é composta por 24 obras, nas técnicas de aguarela e acrílico sem tela”, lembra a autarquia. “Esta é a primeira exposição do pintor ligada ao Caminho de Santiago, remetendo os visitantes para a vivência do que compõe a alma do caminho: o peregrino”, sublinha ainda a edilidade.
À margem desta iniciativa, a Câmara de Palmela decidiu iluminar a parede exterior da igreja localizada no castelo com uma projecção dedicada ao Caminho de Santiago, a qual pode ser observada à noite até 7 deste mês.
Esculturas vão ser restauradas
Antes da inauguração do tapete e da mostra de pintura, Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara, e Faizal Ali, director geral da ABANCA Portugal, assinaram um protocolo de colaboração entre as duas instituições, tendo em vista o restauro das esculturas de Santiago que estão depositadas no Museu Municipal de Palmela, mas que pertencem ao Museu Nacional de Arte Antiga.
No âmbito do acordo, a autarquia compromete-se a “assegurar o restauro, que será financiado pela ABANCA Portugal com uma verba de 3.000€”, revela a edilidade. As peças, adianta, “vão permanecer em exposição nos Paços de D. Jorge, na Igreja de Santiago, até à sua transferência definitiva para a zona da Sacristia, logo que se constitua como novo espaço museológico do Castelo de Palmela”. As visitas às esculturas estão “condicionadas a inscrição” até final de 2023.
Para o edil de Palmela, o protocolo rubricado revestiu-se de capital importância. “Mais do que simbólico, este é também um momento especial, porque constrói ligações e relações que vão muito além daquilo que possa ser materializado”, disse após a assinatura Álvaro Amaro, citado em nota de Imprensa da autarquia. O autarca assumiu ainda “a responsabilidade” de o município continuar apostado na “preservação” daquele património, de forma a que fique assegurado “o melhor legado” possível destas marcas históricas e identitárias.
