O vencedor do Festival da Eurovisão, realizado em Kiev, de nome completo Salvador Vilar Braamcamp Sobral, tem um apelido bem familiar aos barreirenses.
“De facto, Salvador é descendente do primeiro Barão do Sobral, Geraldo Venceslau Braamcamp de Almeida Castelo Branco (1752-1828), que deu o seu nome à quinta a norte do concelho do Barreiro, hoje propriedade da Câmara Municipal do Barreiro: Quinta Braamcamp”, refere o Espaço Memória do Barreiro, numa mensagem nas redes sociais.
Entre os vários melhoramentos que Geraldo Venceslau Braamcamp efetuou na quinta destacou-se a construção de um moinho de vento de grandes dimensões, cujos vestígios chegaram à década de 80 do século XX.
Na imagem que acompanha o texto em baixo, datada de 1935 e parte integrante do espólio doado pela família Reynolds (os últimos residentes na quinta), podemos observar no canto superior direito um edifício circular rodeado de armazéns de forma quadrangular.
Este edifício circular era o que restava do moinho e vento, que nesta época tinha apenas uma fracção da sua altura original, servindo o seu rés-do-chão original como armazém.
O jovem que conquistou a Europa da música tem também ligações estreitas ao Pinhal Novo (concelho de Palmela), freguesia que conhece bem.
É sobrinho de Bernardo Villar, por parte materna do também conhecidíssimo motociclista do Pinhal Novo, que brilhou a alto nível no desporto motorizado.
Depois do golo de Éder em França em Julho de 2016, agora, ainda nem sequer um ano depois, foi Salvador Sobral a acrescentar nome a Portugal, mas noutro palco (o da música) e noutro local (na Ucrânia), com desiderato idêntico: a elevação da Bandeira Portuguesa acima de todas as outras que integram o Velho Continente.