Residencial Sénior do Pinhal Novo pede mais apoios ao Estado

Residencial Sénior do Pinhal Novo pede mais apoios ao Estado

Residencial Sénior do Pinhal Novo pede mais apoios ao Estado

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Comparticipação no custo real por idoso foi o presente pedido à ministra, que marcou presença na cerimónia de aniversário do lar

 

A Residencial Sénior do Pinhal Novo celebrou, na passada sexta-feira, o terceiro aniversário com uma sessão solene que contou com a presença de Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

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Tendo como testemunha uma plateia de convidados esgotada, mas respeitadora das regras do distanciamento social, Hilário Teixeira, presidente da Assembleia Geral da Associação dos Lares Ferroviários (ALF), secundado por Carlos Marques, que preside à direcção da ALF, não enjeitou a oportunidade e, dirigindo-se directamente à ministra, destacou a importância de um maior apoio do Estado a este tipo de instituições. E justificou porquê. “Com o aumento da esperança de vida os lares transformam-se cada vez mais em espaços de cuidados continuados e paliativos até. Isso exige um esforço adicional da nossa parte a todos os níveis, por isso é necessário que o Estado se envolva e apoie mais estes projectos”. Umas das formas, aponta Hilário Teixeira, “seria comparticipar a 50% o custo real por idoso que os lares têm”. “Assim teríamos mais condições para uma resposta ainda mais eficaz à nossa população mais idosa”.

Ana Mendes Godinho mostrou-se sensível à pretensão e lembrou que o Estado tem bem identificados os problemas e o caminho a seguir. “O modelo que nós temos para o sector social mobiliza uma parceria entre a sociedade civil e o Estado. A comparticipação da Segurança Social, no caso concreto aqui no lar, é de 300 mil euros por ano para apoiar as várias pessoas que aqui estão. Este deve ser cada vez mais um esforço colectivo da sociedade. O nosso compromisso permanente é o de procurar, de alguma forma, responder aos novos desafios da demografia, encontrando novas formas de resposta, novas formas de financiamento, para respondermos todos, enquanto sociedade, ao envelhecimento”.

Álvaro Amaro deixa incentivo

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Da Câmara Municipal de Palmela, através da voz do seu presidente Álvaro Amaro, ouviram-se palavras de elogio e de incentivo. “Apesar de todas as dificuldades e vicissitudes do projecto, tem valido a pena este esforço e abnegação de toda esta equipa”. O autarca revelou que no concelho “há um grande défice deste tipo de oferta” e frisou: “Temos poucas na região com esta qualidade”.

Parceira desde o início do projecto, a autarquia irá continuar “a colaborar com a instituição no âmbito das suas competências”, garantiu Álvaro Amaro.

Já Manuel Lagarto, presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, numa breve alocução enalteceu “o trabalho digno feito até aqui”.

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A estrutura aniversariante oferece zonas exteriores, generosos espaços verdes que circundam o edifício e que convidam os utentes a sair “à rua”, porque todos os quartos têm ligação e fácil acesso ao exterior. Com salas e corredores amplos, o seu interior é convidativo à mobilidade e interacção. Tem quatro salas para actividades, duas salas de estar, duas salas de pessoal, uma biblioteca, um arquivo, uma sala de oração, uma cozinha (para confecção própria), um cabeleireiro e dois balneários. Tem capacidade para 75 camas – 50 das quais no âmbito do protocolo estabelecido com a Segurança Social. Outras 15 são de carácter particular e as restantes 10 funcionam como vagas de emergência social. As camas estão dividas por quartos individuais, duplos e triplos com e sem WC, mas todos com TV.

Em termos de recursos humanos a residencial sénior emprega neste momento 54 profissionais, desde auxiliares, profissionais de saúde, limpeza e cozinha.

José António Guerreiro homenageado

Um dos momentos mais marcantes e sensíveis da tarde foi a sentida homenagem feita a José António Guerreiro. “Um homem que esteve desde o início, há mais de 20 anos, na luta pela concretização do projecto”, destacou Carlos Marques, presidente da direcção da ALF. “Esta homenagem é mais do que justa pela sua dedicação, persistência e pela causa que sempre abraçou em servir os outros. Também pela sua tenacidade, espírito de entrega e solidariedade”, vincou.

Este antigo dirigente de várias direcções da ALF, hoje com 86 anos, agradeceu o gesto mas, com a humildade que lhe é reconhecida, realçou que o mérito não é seu. E apontou, na sua opinião, os grandes obreiros para a concretização de um sonho de duas décadas. “Gostaria de destacar três pessoas que tiveram um papel determinante para que tenhamos hoje esta casa. Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara de Palmela na altura, que cedeu este terreno à associação, Álvaro Amaro, então vereador da Câmara de Palmela que deu sequência ao processo e também a Manuel Lagarto, o nosso actual presidente de Junta de Freguesia que também lutou muito por esta casa”, rematou.

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