Roberto Cortegano, vereador social-democrata, considera que com a criação da CIM deixa de se justificar a existência da AMRS. Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara, opõe-se à ideia
O PSD defende que Palmela deve sair da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), mas Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara, considera que isso seria “prestar um mau serviço às populações”.
A ideia foi lançada por Roberto Cortegano, vereador do PSD, na reunião extraordinária do executivo municipal de sexta-feira passada, durante a discussão da proposta para constituição da Comunidade Intermunicipal (CIM) Península de Setúbal. Para o social-democrata, com a criação da CIM, o município de Palmela deve começar a considerar sair da AMRS.
“Já saíram vários municípios, agora saiu Setúbal, já não se justifica mais esta associação, ainda para mais com a constituição da CIM. A quota anual que se paga para a Península Digital ou para o projeto que é de digitalização de serviços já se encontra demasiado pesada e não responde às realidades atuais. A quota anual ascende a cerca de 44 mil euros”, defendeu o vereador do PSD.
Opinião diferente tem a presidente da autarquia. “Não me identifico com a ideia de que a entrada na CIM terá de significar uma saída da AMRS. São opções políticas de cada município”, disse Ana Teresa Vicente, que lembrou o papel da associação ao longo dos tempos nas mais diversas e importantes matérias, como o futuro aeroporto, entre outras.
“Não há projeto estratégico nesta região que não tenha encontrado [na AMRS] o seu estudo, o seu apuramento, o trabalho de muitas equipas independentes, profissionais, académicos, em torno destes temas. Se decidirmos deitar tudo isto fora, estamos a prestar um mau serviço à região e às suas populações”, concluiu.
