Pinhal Novo já instalou Chaimite como monumento ao 25 de Abril

Pinhal Novo já instalou Chaimite como monumento ao 25 de Abril

Pinhal Novo já instalou Chaimite como monumento ao 25 de Abril

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Duas centenas de pessoas assistiram à inauguração formal do monumento, na Praça Movimento das Forças Armadas. Álvaro Amaro apresentou veículo como “símbolo da Liberdade”

Cerca de duas centenas de pessoas assistiram esta manhã à inauguração da instalação de uma Chaimite como monumento ao 25 de Abril, no lado Sul da vila de Pinhal Novo, concelho de Palmela, numa praceta da Rua Infante D. Henrique que foi baptizada agora como Praça Movimento das Forças Armadas.

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A Chaimite MX-57-44 está instalada no local conhecido como Adega Pires ou JP Vinhos, entre a Sociedade Filarmónica União Agrícola (SFUA) e o Pavilhão Desportivo Municipal de Pinhal Novo, e foi cedida cedido à Câmara Municipal de Palmela pelo E.M. Exército – Unidade de Apoio Geral de Material do Exército

Na cerimónia, em que o exército esteve representado pelo coronel Amorim Ribeiro, o presidente da Câmara de Palmela, recusou a ideia de que a Chaimite V200 possa ser considerada um veículo de opressão ou repressão militar. “É um símbolo de Liberdade”, defendeu Álvaro Amaro que recordou o papel desta viatura no dia 25 de Abril de 1974, designadamente no uso que lhe foi dado pelo então capitão Salgueiro Maia tanto na Praça do Comércio como no Largo do Carmo.

O autarca sublinhou que a instalação do novo monumento insere-se numa “operação mais vasta” de reabilitação desta zona da Rua Infante D. Henrique, uma das mais antigas da vila. Álvaro Amaro agradeceu a cooperação do Exército e assumiu o “compromisso” de cuidar e preservar a Chaimite instalada como monumento.

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Veiculo que transportou Marcelo Caetano rendido

A Chaimite ficou como o veiculo blindado da Revolução de Abril, pela posição que assumiram no Largo do Carmo, em Lisboa, onde se encontrava o presidente do Conselho de Ministro, no dia 25 de Abril de 1974 e também por ter sido a viatura usada para transportar o chefe-de-governo, Marcelo Caetano, cuja rendição pós fim à revolução coroando de êxito a corajosa acção dos militares.

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A seguir à revolução o Chaimite equipou, durante algum tempo o Regimento de Comandos e o Regimento de Artilharia de Lisboa (uma das principais unidades revolucionárias), tornando-se um dos símbolos do PREC. Posteriormente o Chaimite passou a equipar apenas as unidades de cavalaria vocacionadas para o reconhecimento. Nos anos 90, o Chaimite serviu também para equipar as forças portuguesas destacadas para a Bósnia e para o Kosovo.

O projecto de construção da Chaimite começou a ser desenvolvido no final da década de 1960 pela Bravia – Sociedade Luso-Brasileira de Veículos e Equipamentos, SARL para as Forças Armadas Portuguesas (cf., Motor Clássico nº 22). As Forças Armadas Portuguesas encontravam-se então envolvidas na Guerra do Ultramar e necessitavam de um veículo blindado adaptado às operações militares em curso.

Os primeiros veículos foram construídos em Belém (Lisboa), passando a produção posteriormente para a nova fábrica da Bravia, em Samora Correia, na região de Porto Alto. As primeiras unidades foram entregues já nos anos de 1970 e, em 1971, um primeiro lote é enviado para a Guiné-Bissau.

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