Durante três dias, Pinhal Novo agigantou-se no panorama cultural. Além de animar a vila, a 11.ª edição do Festival Internacional de Gigantes (FIG), que arrancou na última sexta-feira e se estendeu até domingo, revelou-se, segundo o município, “um sucesso” e comprovou ser “possível continuar a promover” a cultura “na actual situação de grande adversidade, cumprindo todas as condições de segurança para espectadores, artistas e trabalhadores que tornaram o festival possível”.
Em jeito de balanço, a autarquia salienta que, não obstante as lotações limitadas, “os espectáculos esgotaram, contando com quatro mil espectadores em lugares marcados”. Foram realizados “25 espectáculos, três exposições e um debate, com entrada gratuita”, iniciativas repartidas por “nove recintos”, numa opção descentralizada inédita para dar resposta às limitações provocadas pela conjuntura pandémica. Ao todo, participaram “181 artistas de várias companhias de artes circenses e tradicionais, músicos e bailarinos”, além de “cerca de 70 trabalhadores e uma dezena de voluntários”.
A abertura do evento ficou marcada pela evocação a Rui Guerreiro, “um dos pensadores e criadores quer dos Bardoada quer do Festival”, recentemente falecido, e o encerramento destacou-se pela “actuação musical do grupo Criatura” para uma plateia “com 400 lugares marcados”, salienta o município.
“A responsabilidade é não só a de quem ousa fazer, provando que é possível fazer em segurança e em respeito pelas normas sanitárias em vigor, mas também de quem não quer deixar desvanecer as artes e a cultura”, disse Álvaro Amaro, presidente da Câmara, logo na abertura do festival. O FIG foi organizado em conjunto por Câmara Municipal, grupo Bardoada, Acção Teatral Artimanha (ATA), Projectos de Intervenção Artística (PIA) e Associação Juvenil COI.