Jovem do Pinhal Novo prossegue volta ao mundo. Em mais uma crónica que partilha na primeira pessoa através do DIÁRIO DA REGIÃO, descreve um pouco do país asiático, desde hábitos e costumes, passando pela beleza feminina e pela governação, terminando na religião
Sexto país. Hoje, estou há uma semana em Bangkok, na Tailândia. Eu sei, tem um nome giro, mas temos de passar essa fase de atribuir ideias aos nomes. Uma pessoa ouve “Irão” ou “Índia” e que é que sabe do que é lá estar? Coisas nucleares num e descarrilamentos no outro, respectivamente. Depois associa-se isto aos sons que “Irão” faz na boca ou “Índia” faz na boca e pronto temos bandeiras.
Eu estou mesmo cá e aqui estão pessoas que passam e que ali vivem. Nunca vi nem um “Bang”, nem nenhum “Kok”.
Ora, e que é percebi disto até agora?
– As mulheres são lindas de morrer: em cinco, pelo menos uma é impressionante e, quando não, é mais que isso.
– Gostam imenso de sorrir, o que torna o dia-a-dia bem mais fácil e agradável, mesmo não falando inglês. O que, por sua vez, é bom porque a língua thai torna-se necessária e curiosa de aprender.
– Já começam a “sel englaçados” quando “tlocam” os éles pelos érres.
– Conduzem ao contrário, mas já me habituei, porque na Índia também conduziam. Ainda assim, na Índia, foram os britânicos que implementaram isso, na Tailândia, ainda não sei.
– Há um homem muito respeitado que se chama Bhumibol Adulyadej. Ele é o antigo rei da Tailândia, o Rama IX. Reinou até a Outubro do ano passado e tinha subido ao trono com 19 anos de idade, em 1946. Ou seja, 70 anos no poder.
A Tailândia é governada por uma junta militar desde 2014, ano em que houve um golpe de Estado levado a cabo por estes mesmos militares e que derrubou o governo que estava no poder na altura. No entanto, o país não deixou de ser uma monarquia, em que o poder do rei é efectivo, ainda que menor quando comparado com tempos passados. O primeiro-ministro e a sua administração ganharam maior relevância e assim o país é descrito como uma Monarquia constitucional parlamentar unitária. É complexo.
Na vertente religiosa, a Tailândia ou Sião, como se chegou a chamar, é o primeiro país asiático que visito em que os muçulmanos são uma minoria – apenas 5% dos tailandeses são devotos ao Islão. Por outro lado, os budistas constituem a esmagadora maioria dos crentes. E, dito isto, é de destacar que este também é o primeiro país asiático cuja religião não está fortemente entranhada nas políticas nacionais.
Pedro Pinela