Calendário regular contempla festas, festivais, recriações de rituais, entre outros, com a envolvência da comunidade educativa
Da música ao teatro, passando pela dança e pelas de artes de rua, a Cultura em Palmela diversifi ca-se através de uma multiplicidade de projectos, actividades e rituais. Mas é a primeira, a música, que se pode considerar como mola-real de uma programação cultural vasta, alicerçada num investimento anual a rondar os 2 milhões de euros, cerca de 5 por cento do Orçamento Municipal.
“O compromisso político em Palmela, na afi rmação da Cultura, é com as pessoas: crescer e viver numa comunidade inclusiva, criativa e saudável. A Cultura, no contexto estratégico do território, é pilar do desenvolvimento local”, assume o município, que assenta a sua acção nesta área em três eixos: “Capacitar; fazer com as pessoas; e transformar.”
E a atestá-lo estão “a recriação de rituais de cariz popular, a criação de iniciativas, a programação, a valorização dos projectos emergentes a partir dos saberes locais”, mas também “a aposta num conjunto de acções nas áreas de educação, investigação e divulgação científica, a promoção de encontros técnicos, debates, formação e produção de conhecimento”. Todas, são hoje, de acordo com a autarquia, “impulsionadoras do desenvolvimento cultural, social e económico” do concelho.
Da panóplia de iniciativas que integram a calendarização regular anual, promovidas ou apoiadas pelo município com a participação do tecido cultural local, destacam-se algumas já afirmadas no espectro das tradições locais. Exemplos: “A recriação do ritual das Janeiras; as comemorações dos Dias Mundiais do Teatro, da Dança ou da Música; a recriação da Queima do Judas; o Fantasiarte (projecto deEducação pela Arte, envolvendo toda a comunidade educativa); o Festival Internacional de Artes de Rua (FIAR), promovido pela FIAR – Associação Cultural; ou o Festival Internacional de Gigantes (FIG)”. Todavia, é impossível deixar de fora “o Festival Internacional de Música – Palmela ‘Terra de Cultura’ (organizado pela Sociedade Filarmónica Palmelense ‘Loureiros’); o Festival Internacional de Saxofone (organizado por Quarteto Artemsax, Sociedade Filarmónica Humanitária e Conservatório Regional de Palmela,com o patrocínio do município); e, mais recentemente, o Méee Festival Folk, que viveu em 2023 a sua segunda edição”, lembra a edilidade.
E há ainda a Festa das Vindimas, as Festas Populares de Pinhal Novo, o Festival Queijo, Pão e Vinho e o Mercado Caramelo, que são expoentes máximos da identidade local, além da Feira Medieval.
Parceiros imprescindíveis
Determinante é o papel dos agentes artísticos locais. Palmela alberga “quatro sociedades fi larmónicas – com bandas, grupos corais, orquestras ligeiras –, um conservatório regional, uma dezena de ranchos folclóricos, orquestras de guitarras e de percussão, quatro grupos de cante alentejano, grupos de metais e uma miríade de outros conjuntos, projectos e artistas individuais”, enumera o município.
“O movimento associativo é um parceiro imprescindível do município na actividade cultural, promovendo múltiplas acções nas diferentes expressões artísticas, resultado dos planos de actividades autónomos e no âmbito de festividades e festivais que pautam o calendário local, algumas em colaboração com projectos municipais”, reforça a autarquia.
Se a música assume preponderância, o teatro não fi ca muito atrás. A dinâmica na promoção da arte cénica é forte e conta com várias companhias amadoras e até algumas profissionais, como são disso exemplo a DançArte, a PIA – Projectos de Intervenção Artística, ou o Teatro ‘O Bando’.
A Cultura em Palmela desenvolve- -se, assim, ao longo de todo o ano, numa perspectiva integrada entre município e agentes artísticos, enquadrando a riqueza patrimonial, económica e social.
Identidade Espaços museológicos enraizados
A museologia é outra das “expressões culturais” enraizadas no concelho. Desde logo com os espaços museológicos presentes no Castelo e, desde 2021, com nova valência criada em Pinhal Novo: o Museu – A Estação, instalado numa antiga estação de caminhos de ferro. O programa museológico do município, revisto em 2022 na sequência de um processo de auscultação à comunidade, mostra a rota identitária local que preserva as memórias locais. “Neste programa constam as parcerias que estabelecemos com entidades privadas que actuam no território para salvaguarda e promoção do património, como sejam o Museu da Música Mecânica, a ARCOLSA (Museu do Ovelheiro), a Fundação COI (Casa Caramela), o Espaço Fortuna, a Quinta de S. Paulo (Quinta Pedagógica), cujas actividades e espaços que gerem integram o programa pedagógico anual do Serviço Educativo”, salienta o município, a concluir.