Município garante 200 mil euros da tutela para mitigar consequências do incêndio

Município garante 200 mil euros da tutela para mitigar consequências do incêndio

Município garante 200 mil euros da tutela para mitigar consequências do incêndio

Protocolo foi assinado em Murça. Álvaro Amaro lembra que a autarquia nunca desistiu de sensibilizar a Administração Central

 

O município de Palmela conseguiu a obtenção de um apoio financeiro máximo de 201 mil euros da Administração Central para a recuperação da área ardida a 13 de Julho passado. O contrato-programa para o efeito foi assinado no passado dia 1, em Murça, distrito de Vila Real.

- PUB -

Ao abrigo deste protocolo é garantido o financiamento a 100% pelo Fundo Ambiental, com a verba a incluir acções de estabilização de emergência por parte do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A cerimónia protocolar contou com a presença do secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino.

Álvaro Amaro, presidente da autarquia, anunciou na reunião pública do passado dia 8 a assinatura do contrato e lembrou que, pela área ardida do território ser de 415 hectares – inferior aos 500 hectares que permitem ter, por lei, financiamento –, a princípio Palmela ficaria excluída do acesso a esse benefício.

- PUB -

“O apoio vem na sequência das diligências institucionais feitas pelo município junto do Governo, que, ao longo destes meses” não desistiu, explicou o autarca. A edilidade procurou consciencializar “a Administração Central para a sensibilidade da zona, dado tratar-se do Parque Natural da Arrábida, onde o próprio ICNF tem as suas responsabilidades”. Assim, a autarquia, “apesar de, em termos legais, parecer não cumprir os critérios mínimos”, conseguiu “integrar Palmela no programa de apoio”.

O montante destina-se às operações de recuperação de danos provocados pelas chamas, sendo que, adiantou Álvaro Amaro, muitas intervenções têm sido feitas pela autarquia.

Entre as acções, algumas em desenvolvimento outras por realizar, estão a “beneficiação da rede viária dos caminhos florestais dentro da área ardida, a substituição de sinalização danificada, a recuperação de pontos de água e remoção de material florestal (árvores abatidas e material ardido retirado)”, assim como a “instalação de faixas de protecção e controlo de espécies invasoras”.

- PUB -

Uma das grandes preocupações da edilidade passa ainda pela “erosão do solo e contenção de bermas”, nomeadamente na Estrada da Cobra, na Baixa de Palmela. “Os estudos geotécnicos a realizar e as questões a implementar [na zona da Estrada da Cobra] vão obrigar a estudos e investimentos que ultrapassam largamente a verba obtida a título de apoio”, rematou o presidente da autarquia.

O apoio obtido pelo município de Palmela é parte de um total de 6,9 milhões de euros, repartidos por 21 concelhos afectados por incêndios em 2022. O prazo de execução das intervenções é de um ano.

O fogo de 13 de Julho em Palmela deflagrou na encosta do Castelo de Palmela e motivou a abertura de uma investigação por suspeitas de ter tido mão criminosa. No local, naquele fatídico dia, estiveram mais de 500 bombeiros a lutar contra as chamas, com auxílio de meios aéreos. O fogo foi dado como extinto apenas ao início da noite de 15 de Julho.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -