Pelo trabalho realizado na salvaguarda de arquivos associativos. Álvaro Amaro, presidente da Câmara, foi a Lisboa receber a Medalha de Reconhecimento e Homenagem atribuída à autarquia
O trabalho realizado na área da salvaguarda de arquivos associativos valeu ao município de Palmela ter sido distinguido pela Confederação das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto com a Medalha de Reconhecimento e Homenagem. Álvaro Amaro, presidente da autarquia, recebeu o prémio no último sábado, em Lisboa, no âmbito das comemorações do Dia Nacional das Colectividades 2018, do 94.º aniversário da Confederação e também do Dia Internacional dos Arquivos.
“A junção destas efemérides motivou a realização de um evento público, promovido em parceria pela Confederação e a Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas – Arquivo Nacional da Torre do Tombo, que incluiu o Fórum ‘Salvaguarda dos arquivos associativos’. Na ocasião, o presidente destacou o trabalho das equipas municipais envolvidas neste importante trabalho, que é de continuidade e que se reveste de particular importância para um melhor conhecimento da nossa História local”, revela a autarquia em nota de Imprensa.
A distinção ao município de Palmela “surgiu na sequência de uma proposta da Sociedade Filarmónica Palmelense ‘Loureiros’, acolhida pela Confederação, e refere-se, em particular, à actividade desenvolvida pelo Arquivo Municipal, nomeadamente, o Programa de Recuperação de Arquivos de Interesse Municipal (PRAIM), iniciado na década de 90 do século passado”, explica a edilidade.
Segundo a autarquia, o objectivo do PRAIM “passa pela detecção, inventário, conservação e promoção da organização de fundos documentais com interesse histórico existentes no concelho, de propriedade pública ou privada”, tendo sido materializado “através da publicação de dois volumes na ‘Colecção Estudos e Projectos Municipais’, dedicados aos inventários da documentação histórica de 31 instituições do concelho, entre autarquias, paróquias, associações de bombeiros, adegas, entidades de apoio social e associações culturais e desportivas”. No total, adianta o município, “foram recenseados cerca de seis mil documentos, datados entre 1651 e 2000, e cinco desses fundos documentais permanecem depositados no Arquivo Municipal”.
A Câmara realça também o importante trabalho desenvolvido no âmbito do projecto de recolha de fotografias “Uma Imagem, Mil Memórias”, que se consubstancia “na compilação de fotografias antigas do concelho, pertencentes a entidades públicas e privadas, singulares e colectivas, para as digitalizar e preservar”. Neste particular, o município contabilizou já o contributo de 72 entidades, o que representa “um repositório de cerca de cinco mil imagens das cinco freguesias”, que já motivaram diversas exposições e a criação de uma página própria na rede social Facebook.