Hermenegildo Capelo nasceu em Palmela em 4 de Fevereiro de 1841 e faleceu em Lisboa em Maio de 1917
António Neves Berbém é o autor do estudo “Interfaces da vida em campanha de Hermenegildo Capelo”, editado pela Junta de Freguesia de Palmela, apresentado na tarde de quarta-feira, 8, por Manuel Henrique Figueira, resultado de uma comunicação produzida em 2005 e só agora publicada, abordando a acção multifacetada de Capelo e o significado das campanhas de exploração levadas a cabo em África para a continuidade da presença portuguesa naquele continente.
Para Jorge Mares, presidente da Junta de Freguesia, esta iniciativa presta justiça à divulgação da importância do palmelense Hermenegildo Capelo, cuja obra necessita de ser mais estudada e conhecida. Na sua intervenção, Jorge Mares referiu que, entre o muito que deve ser feito, se impõe a existência de uma casa-museu dedicada a Capelo que se deve localizar no castelo de Palmela.
Manuel Figueira falou sobre a importância das expedições levadas a cabo por esta figura palmelense, não só em África, mas também em Portugal, recordando as viagens de investigação que Capelo orientou à serra da Estrela e ao Gerês, ambas numa abordagem multidisciplinar. A concluir a sua intervenção, Henrique Figueira exprimiu o desejo de que Palmela venha a ter uma casa-museu sobre Capelo e um centro interpretativo sobre a Ordem de Santiago e sobre a figura de D. Jorge de Lencastre.
Hermenegildo Capelo nasceu em Palmela em 4 de Fevereiro de 1841 e faleceu em Lisboa em Maio de 1917. Oficial da Marinha, dirigiu duas expedições científicas a África, em 1877 e em 1884, nas quais participou também Roberto Ivens, viagens que ficaram relatadas nas obras “De Benguela às Terras de Iaca” e “De Angola à Contra-Costa”. Estas expedições, se tiveram o objectivo de conhecer parte do continente africano, estiveram também relacionadas com os interesses europeus da época no mesmo território.