A maior freguesia do concelho de Palmela festejou mais um aniversário e os presidentes da Junta, Manuel Lagarto e da Câmara, Álvaro Amaro, destacaram o forte investimento realizado, enquanto a oposição apontou falta de limpeza e abandono do património
As comemorações do 91º aniversário da Freguesia de Pinhal Novo antecederam a Semana Descentralizada, que se realiza na próxima semana, e o presidente da junta aproveitou para avisar que “é tempo de olhar para este território de outra forma, porque muito já foi feito, mas ainda existem problemas para resolver”.
Manuel Lagarto considera que o “Pinhal Novo é uma terra de modernidade e onde se vive melhor do que há 20 anos atrás” e onde “o Poder Local continua a ser a voz em defesa das populações”.
O autarca comunista destacou as apostas na “satisfação das necessidades básicas a nível da iluminação pública e do saneamento, que abrangem a totalidade da freguesia”, mas também a “grande intervenção feita na pavimentação dos aceiros, na limpeza urbana, na mobilidade e no apoio social”.
O presidente de junta foi eleito e reeleito desde 2009, sempre com maioria absoluta, e cumpre o último mandato, prometendo “defender o crescimento e desenvolvimento desta terra, tendo em atenção a opinião dos outros, que têm uma visão diferente da nossa”. Para Manuel Lagarto, “é importante apoiar o município sempre com o mesmo empenho e o mesmo critério” para que “esta terra continue a ser um bom local para viver”, porque apesar de “termos quase 40% da população do concelho, pouco ou nada podemos esperar da administração central”.
Álvaro Amado destaca investimento de quatro milhões
O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, aproveitou as comemorações para destacar “o forte investimento que iremos realizar nesta freguesia, com a intervenção no Jardim José Maria dos Santos e nos logradouros no lado sul da vila” sublinhando que as obras a realizar em 2019 “ultrapassam os quatro milhões de euros”, mas anunciou também “a criação de um posto de abastecimento para veículos eléctricos e continuar com a criação de um nicho social no Monte do Francisquinho”.
A reabilitação urbana na zona antiga do lado sul do Pinhal Novo, que será debatida numa sessão de esclarecimento integrada na Semana da Freguesia, e a segunda fase da ecopista “são projectos que iremos dinamizar” enquanto “aguardamos por resposta do Tribunal de Contas para iniciar as obras na Regularização da Ribeira da Salgueirinha”, concluiu.
Oposição pouco optimista
Os eleitos do PSD/CDS e do PS teceram diversas críticas à gestão da CDU na freguesia de Pinhal Novo, denunciando situações motivadas por “doutrinas ultrapassadas”. O social democrata Roberto Cortegano criticou “a sujidade que impera nas ruas, as grandes dificuldades na recolha do lixo e os espaços verdes que estão mal cuidados”.
Roberto Cortegano alertou para a falta de saneamento e de calçadas, que “ainda não chegaram a algumas zonas do lado sul da vila”.
Para o socialista João Estróia “temos que mudar as mentalidades com doutrinas ultrapassadas e defender o património histórico, que se reflecte no mau planeamento”, pois “continuamos à espera do prometido projecto para as pedras do arco da estação, da Casa Santa Rosa e da dignificação do busto José Maria dos Santos”.
Carlos Caçoete (CDU), representante da Assembleia Municipal, que substituiu Ana Teresa Vicente devido a motivos profissionais, destacou “a mobilização dos presidentes de todas as freguesias do concelho, que têm um grande desafio pela frente na mobilização para que se faça justiça e voltemos a ter as cinco freguesias no concelho”.