Escola Secundária do Pinhal Novo acolhe debate sobre o estado do ensino público

Escola Secundária do Pinhal Novo acolhe debate sobre o estado do ensino público

Escola Secundária do Pinhal Novo acolhe debate sobre o estado do ensino público

“Valorização” foi a palavra mais usada em todas as intervenções

 

Foi em tempo de protesto e de movimentos sindicais da comunidade educativa que cerca de 200 professores se reuniram, durante esta quarta-feira pelas 19h00, no auditório da Escola Secundária do Pinhal Novo para debaterem e falarem sobre o presente e o futuro da escola pública em Portugal.

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Vindos de vários concelhos do distrito, estes profissionais do sector da edução vieram mostrar o “desagrado” e o “desânimo” com o rumo que está a ser tomado no que diz respeito á valorização do trabalho de professor.

Segundo o primeiro orador da noite, Sampaio da Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, a escola pública é classificada, actualmente, com três verbos: proteger, transformar, valorizar. Aqui o professor catedrático explicou que o sistema de educação tem de ser mantido, ao mesmo tempo que transita para um desígnio de “local de trabalho do aluno e não do professor”, enquanto se valoriza a profissão e o sector.

“Há momentos que a escola me parece uma bicicleta, no sentido em que existiram milhares de criações depois da sua invenção, no entanto continua a ser um instrumento extraordinário e pouco mudou desde a sua criação e isso não a torna num objecto obsoleto”, disse.

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Já Paulo Guinote, professor e escritor, referiu que existe “demasiada burocracia” que desvia a atenção do que realmente é “importante”. Nesta direcção o orador explica que “um diálogo constante na sala de aula substitui qualquer grelha, por mais cores ou parâmetros que tenha”.

No final da expressão de ideias, Ricardo Silva, representante da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, falou sobre a importância do movimento da comunidade educativa e sobre o “tratamento desrespeitoso e desleal” do Estado Central para com a educação pública e os profissionais escolares.

Os professores presentes escreveram num papel os assuntos que deveriam ser discutidos de uma forma mais profunda e, durante a pausa, os temas foram contabilizados e separados, para posteriormente serem discutidos durante o encontro.

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