Desenvolvimento sustentável de Palmela supera média nacional

Desenvolvimento sustentável de Palmela supera média nacional

Desenvolvimento sustentável de Palmela supera média nacional

Biblioteca Municipal de Palmela

Índice de Sustentabilidade Municipal em Palmela é 3,9 pontos superior à média do País. ‘Não vemos este resultado como um pódio, mas, sim, como uma forma de continuarmos a fazer mais e melhor’, diz Álvaro Balseiro Amaro

 

 

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O concelho de Palmela apresenta um Índice de Sustentabilidade Municipal (ISM) superior àquela que é a média nacional, de acordo com a Universidade Católica que apura, junto dos municípios, o grau de concretização dos objectivos de desenvolvimento sustentável definidos na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

A informação foi revelada no mais recente boletim informativo do município, que destaca o resultado alcançado: Palmela registou 66,5 pontos em cem possíveis, que comparam com os 62,6 da média do País.

Os objectivos estabelecidos na agenda das Nações Unidas – que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2016 e que visa o desenvolvimento sustentável – são 17, a concretizar em 169 metas, que se dividem em cinco importantes eixos para assegurar uma melhor condição da vida humana e do planeta: Pessoas (erradicar a pobreza e garantir a igualdade); Prosperidade (garantir vidas prósperas e em harmonia com a natureza); Paz (promover sociedades pacíficas e inclusivas); Planeta (proteger os recursos naturais e o clima); e Parcerias (implementar a agenda através de uma parceria global sólida).

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O ISM – elaborado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Católica, no âmbito de uma parceria em rede estabelecida com os municípios – permite, assim, efectuar um diagnóstico do desenvolvimento sustentável de cada um dos concelhos.

De acordo com a informação municipal, “Saúde de Qualidade”, “Igualdade de Género”, “Energias Renováveis e Acessíveis”, “Indústria, Inovação e Infra-estruturas” e “Proteger a Vida Terrestre” foram cinco dos 17 objectivos em que Palmela se destacou. “O município está apostado em apresentar-se sempre na linha da frente para alcançar estes objectivos ambiciosos e não teve receio de se submeter a este tipo de avaliação”, começou por dizer a O SETUBALENSE Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela. “Somos de facto um pequeno grupo de municípios que corajosamente avançou para a construção deste ISM. Vinte no total. No distrito de Setúbal fomos o único. Na Área Metropolitana de Lisboa [AML], além de nós, participaram apenas Cascais, Loures, Sintra e Vila Franca de Xira”, lembrou, regozijando-se por Palmela ter integrado o
“grupo piloto” que assumiu o referido compromisso.

“Só com este diagnóstico podemos saber o que há ainda a fazer para se chegar mais longe e continuarmos a trabalhar para fazermos melhor”, explicou o autarca, salientando que esta primeira versão do ISM incidiu sobre “123 indicadores” de um total
de 244 previstos na agenda da ONU. Palmela, adiantou, “tem muitos indicadores cumpridos e pouquíssimos com metade do trabalho por fazer”.

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Importante é trabalhar para um mundo melhor

O resultado obtido deixou, de resto, o edil feliz. “Ficámos satisfeitos por saber que o resultado de Palmela é acima da média nacional, apesar de o nosso concelho estar integrado numa zona muito competitiva como é a AML.”

Álvaro Balseiro Amaro tem, no entanto, uma visão mais profunda sobre o apuramento do grau de concretização dos objectivos de desenvolvimento sustentável pela Católica. Medir local para influenciar global é a chave.

“Não vemos este resultado como um pódio, mas, sim, como uma forma de continuarmos com responsabilidade a fazer mais e melhor, sabendo agora os caminhos a percorrer e, ao mesmo tempo, deixando uma marca de sustentabilidade no domínio local, que depois contribui para as melhorias globais”, afirmou, reforçando de seguida: “Este resultado não foi um fim. Foi um início do compromisso para avançar num caminho irreversível. Mostra que estamos no bom caminho. Porém, não ficamos descansados. Ficamos, sim, mais comprometidos em ir mais além, em aprofundarmos um conjunto de políticas transversais, como a igualdade de género, a participação cívica, o ambiente, entre outras.”

Para o presidente da Câmara esta é, acima de tudo, “uma questão de desenvolvimento humano”, alicerçada num trabalho que considera “muito” aliciante. “São todas as nossas políticas, entroncadas neste objectivo, que vão influenciar depois um mundo melhor a todos os níveis”, concluiu.

O ISM foi obtido a partir de dados recolhidos nos sites de várias instituições, como Instituto Nacional da Estatística (INE), PORDATA e diferentes direcções gerais. caixinha

Os 17 objectivos definidos pela ONU

A Agenda 2030 da ONU estabelece 17 objectivos de desenvolvimento sustentável. A saber: erradicar a pobreza; erradicar a fome; saúde de qualidade; educação de qualidade; igualdade de género; água potável e saneamento; energias renováveis e acessíveis; trabalho digno e crescimento económico; indústria, inovação e infraestruturas; e reduzir desigualdades. A estes juntam-se ainda: cidades e comunidades sustentáveis; produção e consumo sustentáveis; acção climática; proteger a vida marinha; proteger a vida terrestre; paz, justiça e instituições eficazes; e parcerias para implementação dos objectivos.

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