Centro Histórico de Palmela com 550 edifícios em bom estado e 21 em ruínas

Centro Histórico de Palmela com 550 edifícios em bom estado e 21 em ruínas

Centro Histórico de Palmela com 550 edifícios em bom estado e 21 em ruínas

Álvaro Amaro diz que há “muitos estrangeiros” a procurarem a vila

O centro Histórico de Palmela tem 550 imóveis em bom estado de conservação e 21 em situação de ruína, revelou a Câmara Municipal durante a apresentação dos “balanços e desafios” da Área de Reabilitação Urbana (ARU).

“O mapeamento da recuperação e reabilitação do nosso edificado já é maioritariamente verde, o que significa que a maior parte dos edifícios já estão reabilitados”, disse a vereadora da Habitação e Reabilitação Urbana da autarquia, Fernanda Pésinho.

- PUB -

O presidente da Câmara de Palmela, afirmou que existem “muitos estrangeiros a procurar o centro histórico de Palmela” e apontou o estacionamento como um dos maiores desafios actuais à modernização do casco urbano da vila.

“Hoje não passa pela cabeça de ninguém vir para aqui viver sem ter um lugar para o seu veículo. O nosso território tem esses desafios”, afirmou Álvaro Amaro após algumas intervenções de munícipes.

“O Centro Histórico é cada vez mais um local apetecível e já fizemos propostas porque gostávamos muito de não deixar construir em certos sítios e criar estacionamento. Penso que havemos de conseguir, mas sentimos as contingências do mercado”, frisou, destacando que “em três anos os preços tornaram-se quatro vezes maiores”, o que tem evitado a deslocação de serviços para uma zona mais central da vila.

- PUB -

Sobre a iniciativa de fazer um balanço do plano de reabilitação, Álvaro Amaro referiu que a autarquia “tem vindo a acrescentar novos incentivos” e que vão nascendo novos “desafios”, mas sempre dentro da “integração de vontades numa estratégia comum”.
“O gabinete de recuperação do Centro Histórico está a fazer esta sessão num âmbito ambicioso de ouvir os interessados, e na terceira semana de Maio, sensivelmente, acontecerão várias sessões sobre o centro histórico, para vos ouvirmos”, rematou.

Benefícios para quem quer reabilitar

Teresa Machado, do Gabinete do Centro Histórico, enumerou várias benesses para os interessados em reabilitar património, entre os quais estão a redução e ou isenção de taxas associadas a intervenções na Área de Reabilitação Urbana, incentivos concretos em sede de IRS, IVA, IMI e IMT, ou ainda programas como o Porta 65.

- PUB -

Este último, que tem como destino a população mais jovem, vai de encontro a outro dos objectivos do executivo palmelense, o de fixar a referida faixa etária no centro histórico de Palmela.

Entre as diversas possibilidades de financiamento aos interessados, Teresa Machado destacou, “empréstimos com condições mais vantajosas do que as da banca”.

Para a Câmara de Palmela, outra das prioridades é “promover a melhoria da mobilidade, uma melhor gestão da via pública e dos espaços de circulação, e a forma como este espaço se relaciona com as pessoas e as suas necessidades dentro do centro histórico”.

Um dos entraves a estes planos pode ser a falta de informação a possíveis interessados, algo que Álvaro Amaro quer combater: “A informação é também um desafio. Para além do ponto de situação, existe uma fase de divulgação e estamos a lançar um novo conjunto de campanhas”.

Investimento Reabilitação da vila já recebeu mais de 11 milhões

Durante a apresentação foram apresentados os valores já investidos na recuperação da vila, num total superior a 11 milhões. “Tem havido um forte investimento na reabilitação urbana desde a década de 90, em que, a par de um investimento de 5,2 milhões de euros dos proprietários dos imóveis, também já investimos cerca de dois milhões de euros de dinheiros públicos na reabilitação urbana do Centro Histórico, a que se juntam mais quatro milhões de euros fora do Programa de Acção de Regeneração Urbana”, disse Fernanda Pésinho.

A obra, de 760 mil euros, nos Paços do Concelho começa em breve e o antigo edifício da GNR, também vai ser reabilitado, por 513 mil euros. Em 2018, existiam 21 edifícios em ruína, 49 em mau estado e 265 em estado razoável. Dos 21 em ruína existem já oito processos “a tramitar”, dos edifícios em mau estado havia nove processos e, no estado razoável, 27 processos.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -