30 Junho 2024, Domingo

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Autarcas sublinham internacionalização das empresas da Quinta do Anjo

Autarcas sublinham internacionalização das empresas da Quinta do Anjo

Autarcas sublinham internacionalização das empresas da Quinta do Anjo

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Autarcas municipais e de freguesia visitaram empresas familiares e outras com presença no mercado global, sediadas na freguesia da Quinta do Anjo. A Imeguisa Portugal e a Introsys provaram a capacidade de exportação das empresas portuguesas, em áreas como a tecnologia e inovação

 

Inserida na Semana da Freguesia de Quinta do Anjo, organizada pela Câmara de Palmela, que decorreu entre 13 e 17 de Março, uma comitiva composto por membros do executivo municipal, técnicos e funcionários da Junta de Freguesia visitaram na quarta-feira passada, 15, algumas obras, empresas e projectos inovadores que muito contribuem para o PIB nacional e exportações portuguesas.

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A iniciativa integra o programa de governação de proximidade, que procura aproximar o executivo camarário, as juntas de freguesia e os agentes económicos locais.

Em primeiro lugar, a comitiva municipal visitou a empreitada de remodelação da rede de abastecimento de água, em curso na Estrada da Quinta da Várzea, na Quinta do Anjo. A obra, orçada em 38 mil euros, tem por objectivo a remodelação e extensão da rede de condutas, através da substituição de 2 100 metros de ramais. A conclusão dos trabalhos está prevista para Abril.

Em seguida fez-se uma paragem na Imeguisa Portugal, empresa especializada em intra-logística, com fábricas e armazéns em vários países do mundo. A fábrica nasceu em Portugal na década de 90. Em 2000, a empresa abriu uma sede na Quinta do Anjo, em Palmela e desde aí trabalha em busca de soluções para as necessidades dos clientes nas áreas da indústria automóvel e aeronáutica e sistema de transporte, armazenagem e mobiliário industrial, exportando para Suécia, Marrocos, Argentina, México, entre outros.

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Actualmente, a empresa tem 19 funcionários, um volume de facturação de 1,6 milhões de euros, com crescimento de 5% ao ano, tendo sido PME Líder desde 2013. Orlando Brito, administrador e director comercial da Imeguisa explicou que a empresa se orgulha de “não depender da banca nem de fundos comunitários. Produzimos em pequenas quantidades. Costumo dizer que nós somos o alfaiate, ao contrário de certas empresas que produzem em massa”.

Objectivo da obra foi qualificar as condições de acesso ao mercado reabilitado, em 2016.

A comitiva fez uma breve passagem pela Rua António Pereira Amaro, junto ao Mercado Municipal de Cabanas para observar o resultado da obra de rede de drenagem pluvial e pavimentação, no valor de 16 mil euros.

De uma fábrica exportadora para uma empresa de cariz mais familiar, a visita prosseguiu para a adega dos Vinhos Costa Matos, em Cabanas e uma das principais participantes do Festival Queijo Pão e Vinho, que irá decorrer entre 31 de Março e 2 de Abril.

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Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela explicou que “ao longo destas semanas, procuramos dar visibilidade às actividades económicas e, na vertente dos produtos regionais às empresas familiares, que preservam a tradição”, caso da empresa Vinhos Costa Matos.

Criada em 1967, produz 100 mil litros por ano de tintos e rosés, produzidos a partir das castas castelão, syrah, aragonês e touriga nacional. Sem vinha própria, compra as uvas para vinificação no Lau e Cajados. Os vinhos engarrafados e em boxes são vendidos sobretudo para restaurantes do Algarve e Guarda. Jorge Martins, sobrinho de um dos fundadores da adega revelou que “os principais objectivos para o futuro se prendem com a criação de uma loja de vinhos e a ampliação da adega” para continuar o legado deixado pelo seu tio já falecido.

Empresa de vinhos existe há 49 anos.

Do tradicional para a tecnologia de ponta, a Introsys – Global Control Systems Designers foi outros dos pontos de paragem obrigatória. Anteriormente sediada na Moita, a empresa chegou recentemente ao concelho de Palmela e é líder de mercado na automação industrial, através do desenho de softwares, o chamados “cérebros” dos robôs industriais sobretudo do ramo automóvel. Criada em 2002 opera no mercado internacional, desde 2004, para a China, Rússia, Índia, México, Brasil, Alemanha, Bélgica, entre outros.

De acordo com Nuno Flores, da administração da Introsys, o trabalho da jovem empresa centra-se na inovação e investigação, de que é exemplo o Introbot, um robot móvel pensado para a vigilância, segurança, protecção civil e desminagem humanitária.

O investimento na formação é outra das apostas forte deste pólo tecnológico, com programas de Training Academy na Academia de Formação. No que respeita aos números, a Introsys tem 160 funcionários, registou o ano passado um volume de facturação de 18 milhões de euros, mais 14 milhões que em 2009.

Valentim Pinto (esquerda), Álvaro Amaro (centro) e Nuno Flores (direita).

A manhã de trabalhos terminou com uma visita guiada à Queijaria Artesanal Victor Fernandes, em S. Brás, produtora de queijo de Azeitão, queijo fresco, requeijão e manteiga de ovelha. Foi PME Excelência em 2015 e 2016 e já reconhecida internacionalmente com as estrelas no Great Taste Awards e duas medalhas de ouro no World Cheese Awards 2015-2016, o maior concurso de queijo do mundo. Neste momento tem 14 trabalhadores, recebe 1800 a 2000 litros de leite de ovelha por dia e produz cerca de 350 mil queijos anualmente.

As visitas da Semana da Freguesia de Quinta do Anjo contaram com a participação de Valentim Pinto, presidente da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, Álvaro Amaro autarca de Palmela e os vereadores Adília Candeias, Luís Calha e Fernanda Pésinho.

“A Quinta do Anjo ganhou uma identidade própria”, diz Álvaro Amaro

Em jeito de balanço da Semana de Freguesia de Quinta do Anjo, Valentim Pinto, presidente da junta, afirmou que nos últimos nove anos se registou “uma transformação do território da Quinta do Anjo, ao nível da rede viária, movimento associativo e educação”, reforçando que a delegação da freguesia se tem esforçado para melhorar as questões ambientais e de limpeza.

Já Álvaro Amaro, autarca de Palmela considerou a semana “muito produtiva”, com a afirmação de compromissos e contratualização de outros projectos. “Percebemos que a freguesia tem pujança, identidade própria e que já não vive à sombra de Palmela”, concluiu.

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