30 Junho 2024, Domingo

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“As empresas têm de nascer com a perspectiva de serem internacionais”

“As empresas têm de nascer com a perspectiva de serem internacionais”

“As empresas têm de nascer com a perspectiva de serem internacionais”

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O desafio foi lançado por Nuno Gonçalves, do IAPMEI, a abrir o encontro. Álvaro Amaro realçou aposta na inovação

 

 

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Nuno Gonçalves, vogal do conselho de administração da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), deixou claro, na abertura do segundo Fórum Económico de Palmela, que o futuro das pequenas e médias empresas passa, em grande parte, pela internacionalização.

“As nossas empresas têm de nascer com a perspectiva de serem internacionais e isso é cada vez mais fácil através do comércio digital, dos apoios e das ferramentas que estão ao dispor das empresas”, disse na iniciativa, que decorreu quinta e sexta-feira na Biblioteca de Palmela.

Por outro lado, para Nuno Gonçalves, a ambição também é fundamental para o sucesso. “O pensamento tem de ser o de querer ser sempre cada vez maior. Se nasceram locais têm de passar a regionais, depois a nacionais e finalmente a internacionais”.

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Sobre o tecido económico do concelho, o vogal explica que Palmela “é um caso paradigmático” na temática do investimento estrangeiro, mas considera que, apesar da sua importância, é necessário investir em inovação”.

O objectivo, explica, “é que a aposta na inovação tenha um verdadeiro impacto nas vendas”. “Apesar das nossas empresas terem um progresso assinalável, em termos de percurso de inovação, ainda assim têm dificuldade em criar mais-valor empresarial”.

Na mesa de abertura do Fórum Económico, antes, Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, referiu que a estratégia de desenvolvimento que o município preconiza assenta num tecido económico diversificado e complementar, com sólidas redes de parceria e partilha de conhecimento de recursos, a criação de sinergias e o reforço de um ecossistema empreendedor e sustentável.

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O autarca destacou o apoio que a edilidade tem dado às empresas que se têm instalado em Palmela, deixando a garantia de que o cenário não irá mudar porque “o empreendedorismo, a criatividade e a capacitação são peças-chave para continuar a evoluir”.

Álvaro Amaro recorreu aos últimos dados estatísticos para suportar esta afirmação. “Apesar dos contextos que todos conhecemos nos últimos anos, a verdade é que a taxa de crescimento de número de empresas no concelho, entre 2017 e 2020, foi de 6,8%. Subiu para um total de 7 035 empresas registadas. O aumento exponencial do número de empresas distinguidas com os galardões de PME Lide e PME Excelência também é demonstrativo da robustez do nosso tecido económico”.

 

Ser ambicioso, pró-activo e saber antecipar são pontos a reter

 

Já Luís Miguel Calha, vereador responsável pelo pelouro da Economia Local, entre outros, no balanço final do segundo Fórum Económico de Palmela, disse considerar “muito positiva a forma como decorreu este espaço de reflexão”.

Destacou a cooperação “cada vez mais importante” entre as entidades públicas e privadas e realçou três dados essenciais a reter: “Sermos ambiciosos, termos a capacidade de antecipação perante os novos desafios e sermos pró-activos”.

Numa clara crítica ao Poder Central, o autarca garantiu que o apoio ao tecido empresarial do concelho seria ainda maior se a região não continuasse a ser penalizada no acesso aos fundos europeus, por fazer parte da Área Metropolitana de Lisboa.

De acordo com um estudo recente da Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), “a região perde cerca de dois mil milhões de euros de fundos comunitários por cada quadro financeiro plurianual”.

O debate, que decorreu durante o primeiro dia, contou com as contribuições de Sandra Alvim, do IAPMEI, Rita Sampaio, da Fábrica Moderna, Natália Henriques, da Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal, Carlos Sousa Santos, da Human Power Hub, e Ana Cristina Rodrigues, da Associação Nacional de Jovens Empresários.

Também Alcino Pascoal, do Madan Parque, interveio,assim como Paulo Caldas, da AIP Rede EEN, José Luís, do Instituto do Emprego e Formação Profissional, Hilário Matos, da Câmara Municipal de Estarreja, Frederico Nunes, da DNA Cascais, Luísa Carvalho, vice-presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, e Paulo Veiga, da Empresa de Arquivo de Documentação.

O segundo dia do encontro foi ocupado pela visita a empresas do município de Palmela.

 

Temáticas Sob o lema do Empreendedorismo, Criatividade e Capacitação

A segunda edição do Fórum Económico de Palmela decorreu nos dias 27 e 28 de Outubro sob o tema “Desenvolvimento Económico num Mundo em Mudança – Empreendedorismo, Criatividade e Capacitação”.

A iniciativa foi organizada com o intuito de promover o fortalecimento económico, através do desenvolvimento de medidas e acções que apoiem a criação de um ecossistema empreendedor e envolver stakeholders com intervenção no território.

Valorizar o tecido económico, fomentar a fixação de talento e criar emprego qualificado, a par da captação de investimento, também entre os objectivos do fórum.

Dinamizada pelo município de Palmela, o encontro contou com as parcerias da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), da Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria, do Madan Parque de Ciência, do Instituto Politécnico de Setúbal, da Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal e do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

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