Autarca sublinha os investimentos em infra-estruturas e captação de novos investimentos para a zona
No final da visita à freguesia de Poceirão, inserida na semana dedicada à União de Freguesias de Poceirão e Marateca, feita na passada semana, Álvaro Amaro mostrou-se muito confiante em relação ao futuro da região.
“Este território tem um potencial enorme, não só no domínio da agricultura, mas também no enoturismo, na logística e também na área dos fotovoltaicos, onde teremos aqui investimentos de monta”. Para o presidente da Câmara de Palmela, Poceirão é hoje uma freguesia “menos isolada, com outra projecção económica e social”. “É um território mais apetecível para se viver e investir e tem depois a vantagem destes horizontes, de perder de vista, e este bem-estar, de ficar apenas a 20 minutos dos grandes centros”.
Para chegar a esta realidade, o autarca lembra os passos mais relevantes dados ao longo dos últimos 12 anos. “Fizemos 18 novos arruamentos asfaltados, prolongámos redes de água e saneamento, que não são minimamente rentáveis e reembolsáveis. Continuamos a qualificar equipamentos, como o polidesportivo transformado num pavilhão gimnodesportivo ao serviço da comunidade”.
A cicerone desta visita guiada foi Cecília Sousa, presidente da Junta da União das Freguesias de Poceirão e Marateca, que, a O SETUBALENSE, destacou o trabalho em parceria com a autarquia para a obtenção de resultados positivos. “Esta freguesia é uma das que mais descentralização tem a nível de contratos interadministrativos e acordos de execução, com o município. Felizmente temos sido um parceiro activo do município e isso tem sido fundamental para os níveis de desenvolvimento que a freguesia apresenta”.
Os investimentos feitos na freguesia têm potenciado, salienta a autarca, “um crescimento muito grande com pessoas que vêm de outros territórios e de outros países até. Gostam da região porque é uma zona simpática, onde as pessoas se sentem à vontade, como se tivessem em casa”.
A presidente destaca a mais-valia que é existir “uma série de ofertas, de produtos e produções diferenciadas”. “Algo que, claramente, nos diferencia e que promove e reforça a sustentabilidade da freguesia”.
Dia para ver obra feita e empreitadas por fazer
Executivo, vereação e técnicos formaram a comitiva que foi ver no terreno o que tem sido feito e o que falta fazer. Contactos com agentes económicos e movimento associativo e avaliar obra feita e por fazer foi o roteiro previamente estabelecido.
O arranque da visita aconteceu na Aldeia Nova da Aroeira, local onde ao presidente foram pedidas obras de reparação, essencialmente na cobertura do edifício da sede do grupo cultural local, que ainda contém amianto. Um pouco mais à frente, na Lagoa do Calvo, foi verificada no local a qualidade do pavimento, com 1,3 quilómetros, acabado de fazer na Rua do Bagiços.
A comitiva rumou depois à Asseiceira para conhecer o projecto Qiforno, de empresários brasileiros que deram a saborear o seu produto principal, o pão de queijo, que, garantem, “não tem igual por aqui”.
Da periferia para o centro do Poceirão, a comitiva ficou a par de que o muro da antiga escola primária, que hoje serve o movimento associativo e outras actividades, necessita de ser reforçado. Mesmo ali ao lado, encontra-se exposto um cartaz, a lembrar que o projecto para o novo posto territorial da GNR do Poceirão está aprovado há três anos, mas continua à espera da assinatura do contrato para o início das obras (ver pág. 7).
Em frente, o Pavilhão José Silvério, inaugurado há poucos meses, está com uma excelente taxa de ocupação, revelou José Barreto, presidente da Palmela Desporto, entidade que gere o espaço.
Uns passos mais adiante, no coração da aldeia, Cecília Sousa sublinhou a necessidade de revitalizar o piso do Jardim Ferreira da Costa, de substituir os actuais equipamentos por outros mais duráveis e, “muito importante”,redefinir a área de segurança do jardim.
Também a necessitar de atenção está o Centro Cultural do Poceirão, com a prioridade a ir para a instalação de painéis fotovoltaicos e, acima de tudo, para o reforço da estrutura energética, cabos eléctricos e outros.
Antes de nova saída até aos arredores da aldeia, uma rápida passagem pelo pavilhão das adegas, que, por estas alturas, deu lugar ao centro de vacinação de Poceirão, que tem sido “de utilidade extrema neste processo”, frisaram autarcas e profissionais de saúde.
Para o final, dois momentos de contacto com agentes económicos da região. Primeiro em Agualva de Cima, Hilário Roque, proprietário da Quinta do Lambeche, mostrou a sua adega, com 200 mil litros de capacidade de produção, e deu a provar o branco, tinto e rosé.
A finalizar a manhã, a comitiva visitou um dos principais locais de abastecimento para as famílias da região, o Supercentro em Cajados.
6,5 milhões de euros Médico de família para todos
No rescaldo da semana de trabalho dedicada à União de Freguesias de Poceirão e Marateca, Álvaro Amaro revelou que a autarquia vai investir no imediato em projectos que visam uma melhor cobertura na área da saúde e no combate à exclusão nesta freguesia do concelho de Palmela. “Vamos ter aqui uma operação integrada de desenvolvimento que investe nesta, e na freguesia vizinha de Marateca, 6,5 milhões de euros para elevar os indicadores sociais, combater a exclusão, melhorar o sucesso educativo, ter políticas de saúde de proximidade”.
Nesta área, revela, realizou-se “uma reunião de compromisso, e de trabalho com o ACES, sobre a necessidade do reforço de médicos para que a extensão de saúde, dentro de um a dois anos, possa ter uma cobertura integral de médico de família para todos”. Álvaro Amaro realçou ainda alguns projectos em curso noutras áreas e outros perto de se iniciarem. “Continuamos a apostar na inovação, nas redes wireless e nos espaços em rede enoturísticos”, rematou.