2 Maio 2024, Quinta-feira
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Homicida de Lucas Miranda entrega-se às autoridades para cumprir pena de 17 anos

Crime praticado por Leandro Vultos e Ricardo Cochicho, jovens de 18 anos institucionalizados no centro Tabor

 

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A PJ de Setúbal deteve no Algarve Leandro Vultos, condenado a 17 anos pelo homicídio qualificado e profanação de cadáver de Lucas Miranda em 2020 em Palmela. O crime foi praticado por Leandro Vultos e Ricardo Cochicho, dois jovens de 18 anos institucionalizados no centro de acolhimento Tabor, em Palmela, e condenados a 17 e 15 anos, respectivamente.

Leandro Vultos entregou-se às autoridades em Faro, depois de a PJ de Setúbal o tentar localizar em casa da sua avó, na zona da Grande Lisboa. Foi indicado aos inspectores que o homicida estava a viver no Algarve e quando soube que estava a ser procurado para o cumprimento da pena, entregou-se. Foi agora detido pela PJ de Setúbal e terá de cumprir os 17 anos de prisão.

O crime ocorreu em Outubro de 2020 junto ao Centro Jovem Tabor e o corpo foi descoberto em Fevereiro de 2021 num poço onde os arguidos o jogaram para o esconder. A motivação do crime nunca foi provada, mas a versão de que mataram Lucas num plano gizado entre os três, a pedido da vítima, não mereceu crédito aos tribunais.

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Leandro e Ricardo foram condenados pelo Tribunal de Setúbal a 17 e 15 anos de prisão e tentaram em fase de recurso anular a decisão, mas os juízes desembargadores mantiveram a pena na íntegra. Consideraram provado que os dois mataram a vítima com um golpe fortíssimo na cabeça e com esta já em morte cerebral a enforcaram. Mais tarde, colocaram o corpo num poço, que viria a ser descoberto.

“Os arguidos ao negarem qualquer pancada na cabeça de Lucas Miranda mentiram”, pode-se ler na decisão da Relação, conhecida a seis de Fevereiro. “Ambos desejaram o desfecho morte e contribuíram para o mesmo, por terem estado no local, no momento da prática dos factos e com o propósito admitido de matar, tendo desferido forte pancada na cabeça com objecto contundente e plano, e após a inconsciência/morte cerebral da vítima, aplicação de pressão no pescoço com intensidade suficiente para provocar asfixia. No mais, só os arguidos saberão o que realmente aconteceu”, concluem os juízes.

O tribunal deu como provado que Lucas estava deprimido quando foi institucionalizado pela própria mãe e que queria morrer, mas nunca pediu para que alguém o matasse. Na decisão da Relação, os juízes dão conta de mensagens trocadas com testemunhas. “Por um lado, Lucas despede-se implicitamente dizendo que gostou muito de os conhecer, mas por outro, pede por favor para irem à sua procura e para levarem o INEM. Presume-se que antevia que algo de mal lhe pudesse acontecer, mas manifestamente pretendia ser encontrado e salvo”.

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